O presidente ucraniano Vladimir Zelensky tomou a decisão de demitir todos os vice-ministros da Defesa do país nesta segunda-feira (18/09/2023), em meio a um escândalo de corrupção que abalou o ministério. A demissão em massa atingiu os membros do segundo escalão da pasta, incluindo Hanna Maliar, Vitaly Deyneha e Denis Sharapov, juntamente com o secretário de Estado do Ministério da Defesa, Konstantin Vashchenko.
Esta ação segue apenas duas semanas após a troca de comando do ministério, quando o então ministro da Defesa, Aleksandr Reznikov, foi exonerado devido a suspeitas de compra superfaturada de uniformes militares, com preços até três vezes superiores ao custo.
O momento da mudança na equipe coincide com a viagem de Zelensky aos Estados Unidos, onde ele participará da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. Além disso, o presidente ucraniano tem reuniões programadas com o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Essa demissão em massa é vista como uma demonstração de compromisso de Zelensky em relação à utilização apropriada dos fundos enviados por Washington e aliados europeus para a Ucrânia. Durante o conflito com a Rússia, o país recebeu um substancial apoio financeiro dos EUA e da União Europeia (UE), totalizando mais de US$ 100 bilhões (R$ 486,8 bilhões), incluindo equipamentos militares e assistência econômica e humanitária.
O conflito na Ucrânia já gerou custos significativos para os Estados Unidos, superando o valor gasto em conflitos anteriores, como a Guerra do Golfo Pérsico de 1991, a Guerra Civil Americana, a Guerra Hispano-Americana, a Revolução Americana, a Guerra Mexicano-Americana e a Guerra de 1812. Essa medida visa garantir que esses recursos sejam utilizados de forma eficaz, sem desperdício por meio de corrupção ou má gestão.
*Com informações da Sputnik News.
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