A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (19/11/2024), a Operação Contragolpe, visando desarticular organização criminosa que operou na alta cúpula do Governo Bolsonarista conjunto de ações para desestabilizar o Estado Democrático de Direito. O grupo tinha como objetivo central impedir a posse do governo eleito nas eleições de 2022, por meio de um golpe de Estado que incluía o assassinato dos líderes nacionais eleitos em outubro de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República e Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), além do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As investigações indicam que o plano, denominado “Punhal Verde e Amarelo“, previa a execução da operação “Copa 2022“, cuja finalidade era realizar os assassinatos em 15 de dezembro de 2022, apenas três dias após a diplomação do então presidente eleito, em uma tentativa de interromper a transição democrática de poder.
Estratégias e objetivos do grupo
De acordo com a PF, a organização criminosa contava com um planejamento altamente detalhado, que incluía monitoramento contínuo das vítimas, uso de técnicas militares avançadas e coordenação logística robusta. O grupo planejava:
- Execuções estratégicas: Assassinato do presidente eleito, do vice-presidente e de um ministro do STF para desestabilizar o governo e o Judiciário.
- Criação de um gabinete paralelo: Após as ações, o grupo pretendia instituir um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, que seria liderado por seus próprios integrantes para gerenciar as consequências do golpe.
- Golpe de Estado: Centralizar o poder político nas mãos de uma estrutura militar comandada pelos investigados.
Mandados e alvos da operação
A operação envolveu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares. Os mandados foram cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal, com apoio do Exército Brasileiro.
Os principais alvos identificados foram:
- Hélio Ferreira Lima – Integrante dos “kids pretos”, grupo de elite das Forças Especiais com expertise em missões sigilosas.
- Rafael Martins de Oliveira – Também pertencente aos “kids pretos”.
- Rodrigo Bezerra de Azevedo – Integrante do mesmo grupo militar.
- Mario Fernandes – General da reserva e ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro.
- Wladimir Matos Soares – Policial federal.
Crimes investigados
Os suspeitos podem responder pelos seguintes crimes:
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (Art. 359-L do Código Penal);
- Golpe de Estado (Art. 359-M do Código Penal);
- Organização criminosa (Lei 12.850/2013).
As medidas cautelares incluem a suspensão de funções públicas, proibição de contato entre investigados, entrega de passaportes e restrição de viagens internacionais.
Impacto e resposta das autoridades
A operação reforça o compromisso das instituições democráticas no combate a ameaças à estabilidade política e constitucional do país. A Polícia Federal e o Exército atuaram em parceria para garantir o cumprimento dos mandados e a neutralização das ações do grupo.
O governo federal destacou a importância da ação para proteger o processo democrático e enviou um alerta sobre os riscos representados por organizações paramilitares.
Resumo dos dados principais do Esquema Punhal Verde e Amarelo e da Operação Contragolpe
Ação da Polícia Federal
- Nome da operação: Contragolpe
- Alvos: 5 mandados de prisão preventiva, 3 de busca e apreensão, 15 medidas cautelares.
- Localidades: Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas, Distrito Federal.
Plano da organização criminosa
- Nome do plano: Punhal Verde e Amarelo
- Objetivo: Golpe de Estado e assassinato de líderes políticos.
- Data prevista: 15 de dezembro de 2022.
Investigados principais
- Hélio Ferreira Lima – Integrante dos “kids pretos”.
- Rafael Martins de Oliveira – Integrante dos “kids pretos”.
- Rodrigo Bezerra de Azevedo – Integrante dos “kids pretos”.
- Mario Fernandes – General da reserva e ex-assessor de Jair Bolsonaro.
- Wladimir Matos Soares – Policial federal.
Crimes investigados
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
- Golpe de Estado.
- Organização criminosa.
*Com informações da CNN, O Globo e Polícia Federal (PF).
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