O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou nesta terça-feira (03/06/2025) ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um conjunto de medidas econômicas estruturantes voltadas à promoção do equilíbrio fiscal das contas públicas. A reunião ocorreu no Palácio da Alvorada, com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do vice-presidente, Geraldo Alckmin; ministros e líderes da base governista no Congresso Nacional.
Durante o encontro, Haddad destacou que as propostas não serão divulgadas antes de serem formalmente comunicadas aos líderes partidários da Câmara e do Senado. Está marcada uma nova reunião no domingo para detalhamento técnico das sugestões apresentadas. Segundo o ministro, as medidas são concebidas dentro da lógica do novo arcabouço fiscal e visam não apenas o cumprimento da meta de 2025, mas também a sustentabilidade fiscal de médio e longo prazos.
“Preciso garantir a sustentabilidade do arcabouço e o cumprimento das metas”, afirmou Haddad.
Alternativa ao aumento do IOF e pressões do Legislativo
O presidente da Câmara reforçou a cobrança por alternativas à elevação do IOF, determinada por decreto do Executivo e alvo de críticas no Parlamento. Na semana anterior, Motta deu prazo de dez dias para que o governo apresentasse nova proposta, sob pena de avanço de projeto legislativo que suspende o aumento do imposto.
De acordo com Motta, as medidas entregues pelo governo ultrapassam a solução pontual para 2025, configurando-se como agenda fiscal estruturante para os próximos anos.
“Saio da reunião mais animado e estimulado para construir essa agenda conjunta”, declarou Motta, ressaltando a disposição do governo em dialogar com o Congresso.
Reação do Senado e defesa do entendimento entre Poderes
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reiterou a importância da harmonia entre os Poderes e da condução política baseada no diálogo institucional. Em sua avaliação, as propostas apresentadas compõem uma agenda com foco no interesse público e não se restringem ao curto prazo.
“Tenho certeza de que está sob a mesa uma agenda estruturante de País, não apenas para um ano”, afirmou Alcolumbre, ao reforçar o compromisso do Senado com o debate técnico e político.
Próximos passos e articulação política
O governo federal aposta na concertação política com o Congresso como caminho para manter a credibilidade do arcabouço fiscal, preservar a capacidade de investimentos públicos e assegurar a consolidação das contas públicas. O apoio dos presidentes das Casas Legislativas será determinante para o encaminhamento das propostas e a redução da resistência a medidas de ajuste, como a revisão tributária.
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