Presidente Lula lidera cenários de 1º e 2º turnos para 2026, aponta Datafolha de agosto de 2025; Geraldo Alckmin cresce como plano B

A pesquisa Datafolha divulgada em 02/08/2025 revela que o presidente Lula lidera todos os cenários eleitorais para 2026, com vantagem sobre Bolsonaro, Michelle, Tarcísio e demais adversários. Geraldo Alckmin ganha força como plano B na base governista, superando Fernando Haddad em projeções internas. A direita permanece fragmentada, sem liderança consolidada. A rejeição elevada de Lula e Bolsonaro reforça o cenário polarizado e incerto para a sucessão presidencial.
Infográfico exibe os dados da pesquisa Datafolha divulgada em 02 de agosto de 2025, com os índices de intenção de voto para presidente nas eleições de 2026.

A mais recente pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo neste sábado (02/08/2025) revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera todos os cenários testados para as eleições presidenciais de 2026, tanto em primeiro quanto em segundo turno. O levantamento também aponta o crescimento do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) como alternativa viável à candidatura petista.

Lula amplia vantagem em cenários com e sem Jair Bolsonaro

A pesquisa, realizada entre os dias 29 e 30 de julho com 2.004 entrevistas em 130 municípios, mostra que Lula venceria Jair Bolsonaro por 39% a 33% no primeiro turno, ampliando em cinco pontos a vantagem em relação à rodada anterior. Em cenários contra Michelle Bolsonaro (39% a 24%), Eduardo Bolsonaro (39% a 20%) e Flávio Bolsonaro (40% a 18%), a vantagem do presidente é ainda mais significativa.

Nos cenários de segundo turno, Lula também leva vantagem:

  • Contra Jair Bolsonaro: 47% a 43%
  • Contra Michelle Bolsonaro: 48% a 40%
  • Contra Eduardo Bolsonaro: 49% a 37%
  • Contra Flávio Bolsonaro: 48% a 37%
  • Contra Tarcísio de Freitas: 45% a 41%
  • Contra Ratinho Jr.: 45% a 40%
  • Contra Ronaldo Caiado: 47% a 35%
  • Contra Romeu Zema: 46% a 36%

Alckmin sobe e empata com Tarcísio; Haddad perde em segundo turno

Caso Lula não dispute a eleição, Geraldo Alckmin aparece com 24% das intenções de voto, empatando tecnicamente com Tarcísio de Freitas (22%). O ministro Fernando Haddad também aparece com 23%, mas perde para Tarcísio no segundo turno por 43% a 37%.

Entre os nomes do campo governista que aparecem como opção a Lula estão:

  • Geraldo Alckmin: 26% (subiu de 18%)
  • Fernando Haddad: 29% (caiu de 37%)
  • Simone Tebet: 13%
  • Rui Costa: 5%
  • Gleisi Hoffmann: 3%

Fragmentação da direita e os nomes da oposição

A pesquisa revela que, com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (confirmada até 2030), a direita brasileira permanece fragmentada, com nomes diversos sendo testados como opções eleitorais. Os principais nomes da oposição são:

  • Michelle Bolsonaro: 23%
  • Tarcísio de Freitas: 21%
  • Eduardo Bolsonaro: 11%
  • Flávio Bolsonaro: 9%
  • Ratinho Jr.: 10%
  • Ronaldo Caiado: 6%
  • Romeu Zema: 5%

Citações espontâneas:

  • Lula: 22%
  • Jair Bolsonaro: 17%
  • Tarcísio: 1%

Rejeições e limitações eleitorais

A rejeição é um fator determinante na formação de cenários eleitorais. Os índices apontam:

  • Lula: 47%
  • Jair Bolsonaro: 44%
  • Eduardo Bolsonaro: 38%
  • Flávio Bolsonaro: 36%
  • Tarcísio: 17%
  • Ratinho Jr.: 21%
  • Romeu Zema: 22%
  • Fernando Haddad: 32%
  • Geraldo Alckmin: 27%

Estrutura da pesquisa

O levantamento foi realizado entre os dias 29 e 30 de julho de 2025, com 2.004 eleitores com 16 anos ou mais em 130 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança. A amostra foi estratificada por região, sexo, idade, grau de instrução e renda familiar, assegurando representação estatística nacional.

Lula lidera no campo governista

A pesquisa do Datafolha evidencia que, mesmo com altos índices de rejeição, Lula segue como nome dominante no campo governista, beneficiado pela fragmentação da direita e pela falta de um sucessor competitivo dentro do bolsonarismo.

O crescimento de Alckmin revela um plano B viável, embora não plenamente consolidado. A direita, apesar de contar com nomes fortes em seus redutos estaduais, ainda não formou uma liderança nacional coesa, o que pode comprometer a viabilidade de uma candidatura competitiva no primeiro turno. A rejeição elevada dos principais nomes mostra um eleitorado polarizado e insatisfeito.

Quadro de dados

1. Intenção de voto – Primeiro turno (com Lula):

  • Lula x Bolsonaro: 39% x 33%
  • Lula x Michelle: 39% x 24%
  • Lula x Eduardo: 39% x 20%
  • Lula x Flávio: 40% x 18%
  • Lula x Tarcísio: 38% x 21%

2. Intenção de voto – Segundo turno (com Lula):

  • Lula x Bolsonaro: 47% x 43%
  • Lula x Michelle: 48% x 40%
  • Lula x Eduardo: 49% x 37%
  • Lula x Flávio: 48% x 37%
  • Lula x Tarcísio: 45% x 41%
  • Lula x Ratinho Jr.: 45% x 40%
  • Lula x Caiado: 47% x 35%
  • Lula x Zema: 46% x 36%

3. Intenção de voto – Sem Lula:

  • Alckmin: 24%
  • Tarcísio: 22%
  • Haddad: 23%
  • Ratinho Jr.: 14%
  • Caiado e Zema: 7% cada

4. Rejeição:

  • Lula: 47%
  • Bolsonaro: 44%
  • Eduardo: 38%
  • Flávio: 36%
  • Tarcísio: 17%
  • Ratinho Jr.: 21%
  • Zema: 22%
  • Haddad: 32%
  • Alckmin: 27%

5. Nomes espontâneos:

  • Lula: 22%
  • Bolsonaro: 17%
  • Tarcísio: 1%

6. Apoio dentro do governo em caso de desistência de Lula:

  • Alckmin: 26%
  • Haddad: 29%
  • Tebet: 13%
  • Rui Costa: 5%
  • Gleisi: 3%

7. Detalhes da pesquisa:

  • Data: 29 e 30 de julho de 2025
  • Entrevistados: 2.004 eleitores
  • Abrangência: 130 municípios
  • Margem de erro: 2 p.p.
  • Confiança: 95%

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