Salvador, quarta-feira, 15 de outubro de 2025 — Com uma trajetória consolidada na administração pública e quase duas décadas de atuação técnica no governo baiano, André Fidalgo, atual superintendente de Planejamento e Assessoria da Desenbahia, surge como um dos novos nomes da política estadual. Em 2026, ele pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), apresentando-se como um gestor com visão estratégica, experiência administrativa e compromisso com o desenvolvimento regional.
Liderança técnica com foco no desenvolvimento da Bahia
Com mais de dez anos de atuação na Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), André Fidalgo participou diretamente do processo de modernização institucional da agência, que passou a alinhar suas metas ao Plano Plurianual do Estado (PPA) e a fortalecer políticas de crédito e incentivo ao empreendedorismo. Sua gestão priorizou a eficiência administrativa, a governança pública e a transparência nos financiamentos, consolidando a Desenbahia como um instrumento relevante para o desenvolvimento econômico e social do estado.
Fidalgo foi um dos principais articuladores do planejamento estratégico da instituição, defendendo a integração entre política de crédito, desenvolvimento regional e sustentabilidade fiscal. Sob sua coordenação, a agência reforçou a atuação junto a micro e pequenos empreendedores, ampliando o alcance das linhas de crédito produtivo e fomentando cadeias locais de valor.
Experiência prévia em áreas sensíveis do Estado
Antes de ingressar na Desenbahia, André acumulou experiência em áreas de alta complexidade administrativa e social. Entre 2009 e 2011, atuou como diretor de Finanças na Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, cargo em que lidou com a gestão orçamentária e com políticas de reintegração social. Posteriormente, entre 2011 e 2012, exerceu a função de diretor de Acompanhamento Biopsicossocial dos Internos na Secretaria de Administração Penitenciária, coordenando o sistema de saúde no ambiente prisional baiano.
Essas vivências moldaram uma visão abrangente sobre o funcionamento do Estado e a importância da gestão pública técnica e humanizada. Fidalgo afirma que compreender o impacto direto das políticas públicas na vida das pessoas foi determinante para sua decisão de ingressar na política institucional.
Pré-candidatura e visão de futuro
Ao anunciar-se como pré-candidato à ALBA, André Fidalgo destaca que seu projeto político busca unir desenvolvimento econômico e justiça social, com foco em oportunidades, emprego e valorização do trabalho em todas as regiões da Bahia. “O Estado precisa estar presente na vida das pessoas, criando condições para que o desenvolvimento chegue onde ele ainda não chegou”, defende.
Fidalgo também se posiciona como um defensor do fortalecimento do Estado e da política como instrumento de transformação coletiva, alinhando-se às diretrizes do governador Jerônimo Rodrigues e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Recentemente, ele elogiou a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, medida que considera “um passo histórico em direção à justiça tributária e ao fortalecimento da economia popular”.
Compromissos e bandeiras políticas
Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), André Fidalgo tem defendido pautas relacionadas à valorização das leis trabalhistas e à crítica ao regime de trabalho 6×1, prática que considera nociva à dignidade do trabalhador. Seu discurso enfatiza a ampliação das oportunidades de emprego, a qualificação profissional e o apoio ao empreendedorismo produtivo como eixos centrais de uma política pública moderna e inclusiva.
Entre suas bandeiras, destacam-se também o fortalecimento das políticas regionais, o fomento à economia local e a ampliação do crédito público para micro e pequenos negócios, especialmente em municípios do interior.
Trajetória familiar e formação política
Filho da deputada estadual Maria del Carmen (PT), André Fidalgo reconhece na mãe uma inspiração e referência ética, mas ressalta que construiu sua trajetória de forma independente. “Minha mãe é uma inspiração, não um atalho. Ela me ensinou a servir, a escutar e a lutar pelo que acredito. Mas o caminho que trilho é meu, fruto da minha vivência e das minhas escolhas”, afirma.
Sua formação é marcada pela prática administrativa, diálogo constante e escuta ativa de gestores, técnicos e cidadãos. Ao longo dos anos, desenvolveu uma reputação de gestor discreto, porém eficiente, com resultados reconhecidos dentro da máquina pública estadual.
Técnica e legitimidade como novos vetores da política
O ingresso de quadros técnicos na política baiana representa um movimento crescente de renovação institucional. A trajetória de André Fidalgo ilustra a transição de uma geração de gestores que emergem não do carisma eleitoral, mas da eficiência administrativa e da compreensão sistêmica do Estado. Em um cenário de desgaste das figuras tradicionais e busca por credibilidade, candidaturas baseadas em experiência técnica tendem a conquistar espaço.
Sua candidatura pode contribuir para um debate mais racional sobre o papel do Estado no desenvolvimento, aproximando a política das boas práticas de gestão pública. No entanto, o desafio será traduzir sua linguagem técnica em uma mensagem popular capaz de mobilizar eleitores fora dos círculos administrativos e partidários.
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