Tarcísio de Freitas desponta como candidato natural da oposição em 2026 para presidência do Brasil, aponta artigo de Joaci Góes  

Governador Tarcísio de Freitas durante reunião com Ignazio La Russa, presidente do Senado da República Italiana, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, em 08 de outubro de 2025.
Em artigo, Joaci Góes aponta Tarcísio de Freitas como favorito da oposição em 2026, critica o STF e prevê queda de Lula.

Em artigo intitulado “Uma chapa previsível”, publicado nesta quinta-feira (09/10/2025) na Tribuna da Bahia, o escritor e ex-deputado Joaci Góes analisa o cenário político para as eleições presidenciais de 2026 e afirma que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, surge como o nome mais provável para liderar a candidatura das oposições.

Segundo Góes, a posição de Tarcísio nas pesquisas eleitorais demonstra uma vantagem consolidada sobre outros nomes do campo conservador, tornando-o o favorito natural. O autor ressalta que a “reiterada recusa” do governador em admitir sua candidatura seria apenas uma estratégia política. “Trata-se de uma ostensiva conveniência de negá-lo, de modo a evitar suscetibilidades oriundas de naturais concorrentes”, escreve o articulista.

Possíveis nomes para vice e papel de Bolsonaro

No texto, Joaci Góes analisa as dificuldades na escolha de um vice-presidente. Ele cita nomes com potencial para compor a chapa, como Ronaldo Caiado, Ratinho Júnior, Michelle Bolsonaro, Romeu Zema, ACM Neto, Ciro Nogueira e Rogério Marinho, além de mencionar o ex-ministro Aldo Rebelo como figura “coringa”, capaz de disputar cargos majoritários em diferentes níveis.

Para Góes, a influência de Jair Bolsonaro continuará determinante nas decisões da oposição. “Como o eleitor de maior peso eleitoral das oposições é Jair Bolsonaro, também concorrerá à vice-presidência quem ele indicar”, observa. Ele acrescenta que, se houver bom senso, Michelle Bolsonaro deverá disputar o Senado, enquanto o cargo de vice caberia a Romeu Zema ou ACM Neto, líderes bem avaliados em seus estados.

STF, anistia e estratégia política da direita

O autor sustenta que Bolsonaro depende mais do que nunca de uma vitória eleitoral, interpretando-a como meio de “restaurar sua liberdade”. Góes critica duramente o Supremo Tribunal Federal (STF), classificando a atual composição como “garantidora dos maiores assaltos contra o Erário”. Segundo ele, uma vitória bolsonarista em 2026 abriria caminho para o impeachment de ministros do STF e para uma anistia ampla aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.

Góes projeta que a família Bolsonaro — com Michelle e os três filhos Flávio, Eduardo e Carlos — poderá assegurar um bloco expressivo de apoio no Senado, suficiente para formar um quórum favorável à agenda da direita. “As contas já têm sido feitas e refeitas, concluindo, sempre, pela conquista de confortável quórum”, escreve o autor.

Lula, tarifas e política externa

O artigo também aborda o impacto do tarifaço imposto pelos Estados Unidos e suas possíveis repercussões sobre a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para Joaci Góes, a tentativa do governo de invocar a soberania nacional como bandeira política será insuficiente para reverter o desgaste. “Logo se verá como é de curta extensão o voo da invocação da defesa dos valores ameaçados da soberania nacional, para mantê-la a serviço dos seus apetites inferiores”, argumenta.

O autor relaciona as tensões diplomáticas com Washington à aproximação de Lula com Rússia e China, classificando o Brasil como um “jagunço internacional dos interesses” desses países. Góes prevê que o governo norte-americano ainda adotará medidas mais duras, em resposta ao que considera uma mudança de alinhamento geopolítico. “Tudo que se viu até o momento é muito pouco comparado com o que ainda virá”, afirma.

Perspectivas e possíveis desdobramentos

Encerrando o texto, Joaci Góes sugere que Lula pode desistir de concorrer à reeleição para evitar um “encerramento bisonho” de sua trajetória política. O autor define o cenário eleitoral como previsível, com Tarcísio consolidado à frente e a oposição estruturada sob a liderança política de Bolsonaro, enquanto o governo federal enfrenta pressões internas e externas crescentes.


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