Guerra Civil Não Declarada no Brasil: Operação Escudo em São Paulo resulta em 22 mortes; Elevado número de armas com criminosos amplia confronto com a polícia

Guerra Civil Não Declarada no Brasil.

O número de mortos durante a Operação Escudo, liderada pela Polícia Militar, no litoral de São Paulo, aumentou para 22, de acordo com informações oficiais. As últimas fatalidades foram registradas nas cidades de Santos e Guarujá na noite de quarta-feira (23/08/2023). A Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP) alega que todas as vítimas foram mortas por reagirem às abordagens policiais.

A operação teve início em 28 de julho, após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, membro das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), no Guarujá. Apesar da prisão de três suspeitos ligados ao assassinato, a ação policial persistiu na Baixada Santista. Entretanto, organizações de defesa dos direitos humanos têm recebido relatos de tortura, invasões domiciliares e outros excessos por parte das forças de segurança desde o começo das operações.

A SSP argumenta que a Operação Escudo visa combater o tráfico de drogas e o crime organizado na região, resultando na prisão de 621 indivíduos desde o seu início. Desses, 236 eram procurados pela justiça e estavam foragidos por crimes como tráfico de drogas, roubo, furto, estelionato, sequestro e homicídio. A operação também resultou na apreensão de 82 armas e 895,4 kg de entorpecentes.

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos e a Polícia Militar conduzem investigações minuciosas sobre todos os casos. Além disso, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa mobilizou policiais civis e técnicos para apoiar as investigações. O conjunto probatório coletado, incluindo imagens de câmeras corporais, está sendo compartilhado com o Ministério Público e o Poder Judiciário para análise.

Guerra Civil no Brasil

O aumento alarmante no número de mortes tanto de criminosos quanto de policiais no Brasil levanta uma preocupante linha de argumentação que se conecta ao cenário de potencial “Guerra Civil Não Declarada no País”. Essa situação é fortemente influenciada pelo expressivo grau de armamento nas mãos de jovens envolvidos em organizações criminosas, muitas vezes financiadas pela venda de drogas ilícitas. A realidade é que parcela da sociedade brasileira que consome drogas está indiretamente contribuindo para a perpetuação das atividades criminosas no país, o que, por sua vez, alimenta ciclo vicioso de aumento do poder organizacional, econômico e bélico desses grupos.

A presença de armamento pesado nas mãos de jovens membros de organizações criminosas evidencia a profundidade do problema. Essa disponibilidade de armas cria um ambiente de constante conflito com as forças policiais, resultando em confrontos sangrentos e frequentes perdas de vidas de ambos os lados. Esse cenário não apenas ameaça a segurança pública, mas também aponta para uma fragmentação da ordem social, característica muitas vezes associada a contextos de guerra civil.

O financiamento das organizações criminosas por meio do tráfico de drogas é um fator chave nesse cenário. O consumo de drogas dentro do país cria uma demanda constante que, por sua vez, sustenta um mercado lucrativo para as atividades criminosas. Com recursos substanciais provenientes do comércio de drogas, essas organizações têm a capacidade de se expandir, adquirir mais armas e aumentar sua influência, criando um ciclo de crescimento que pode se assemelhar aos padrões observados em conflitos armados.

O acúmulo de poder organizacional, econômico e bélico desses grupos pode ser interpretado como um indicativo de uma possível “Guerra Civil não declarada”. À medida que as organizações criminosas se tornam mais complexas e bem financiadas, sua capacidade de desafiar as instituições do Estado e ameaçar a paz social se intensifica. A escalada da violência e a ampla disseminação do armamento criam um ambiente que se assemelha, em muitos aspectos, às condições que caracterizam uma guerra civil, mesmo que não haja uma declaração formal de conflito.

Portanto, a conexão entre o elevado número de mortes, o armamento nas mãos de jovens membros de organizações criminosas e o financiamento proveniente do tráfico de drogas sinaliza para a possibilidade de um cenário de “Guerra Civil não declarada” no Brasil. A abordagem para lidar com essa situação complexa deve incluir não apenas medidas de segurança pública, mas também esforços significativos para abordar as causas subjacentes do problema, como a desigualdade socioeconômica, a falta de oportunidades para os jovens e a necessidade de políticas eficazes de prevenção ao uso de drogas.


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