A Bahia, em 2022, destaca-se como um estado onde a população predominantemente reside em casas, com 89,7% dos habitantes vivendo nesse tipo de moradia. Embora tenha ocorrido uma leve diminuição em relação a 2010, essa tendência de verticalização foi menos expressiva do que a média nacional. Em 12 anos, a Bahia apresentou o 9º menor aumento na proporção de pessoas vivendo em apartamentos, sendo ultrapassada por outros estados.
O cenário se diversifica quando analisamos a distribuição regional. Salvador concentra 55,2% dos moradores de apartamentos na Bahia, indicando uma maior verticalização na capital. Contudo, esse movimento também se espalha por 9 em cada 10 municípios do estado, com Lauro de Freitas, Itabuna e Simões Filho liderando os maiores aumentos proporcionais.
O avanço no saneamento básico é notável, com o abastecimento por água da rede atingindo 86,7% da população baiana em 2022. Esse serviço foi o que mais cresceu entre 2010 e 2022. Salvador, em particular, destaca-se com 99,5% das residências conectadas à rede de água, conquistando o 4º lugar entre as capitais.
No entanto, desafios persistem, especialmente no acesso à rede coletora de esgoto, que atinge pouco mais da metade da população (52,8%). A Bahia, apesar de apresentar progresso, ocupa o 12º lugar no ranking nacional nesse indicador. A coleta de lixo, embora tenha aumentado para 82,7% da população, ainda coloca o estado como o 8º com menor percentual entre as unidades federativas.
Em resumo, a Bahia enfrenta uma transição moderada na verticalização, enquanto registra avanços no saneamento. No entanto, a expansão desses serviços precisa ser contínua para superar desigualdades e garantir condições dignas de moradia para toda a população.
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