O ano de 2025 será um marco para o multilateralismo, com três grandes conferências globais destinadas a impulsionar soluções para desafios urgentes, como desigualdade econômica, mudanças climáticas e financiamento ao desenvolvimento. Essa é a perspectiva defendida pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul) e Pedro Sánchez (Espanha), no artigo “Unindo forças para superar desafios globais”, publicado nesta quinta-feira (06/02/2025) no Jornal O Globo.
Eventos-chave para decisões globais
Os três líderes destacam a 4ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento (FfD4), em Sevilha (Espanha); a 30ª Conferência das Partes (COP30), em Belém (Brasil); e a Cúpula do G20, em Joanesburgo (África do Sul) como oportunidades decisivas para a construção de um mundo mais justo e sustentável.
“A confiança no multilateralismo está sob tensão, mas nunca houve tanta necessidade de diálogo e cooperação global”, alertam os autores.
Segundo eles, os encontros não podem ser apenas mais um ciclo de discussões sem resultados concretos, mas precisam entregar avanços reais.
Desigualdade e reforma da arquitetura financeira global
Um dos pontos centrais do artigo é a necessidade de reforma do sistema financeiro internacional, garantindo maior representatividade e acesso justo a recursos pelos países em desenvolvimento. Segundo os líderes, muitas nações enfrentam dívidas insustentáveis, restrição fiscal e dificuldades de acesso ao capital.
“Trata-se não apenas de uma falha moral, mas de um risco econômico para todos”, afirmam.
O G20, sob a presidência da África do Sul, deve priorizar essa agenda, assim como a conferência FfD4, que discutirá medidas como alívio da dívida, tributação da riqueza global e novos mecanismos de financiamento.
COP30 e a urgência do financiamento climático
A questão climática também ocupa lugar de destaque na análise dos líderes. A COP30, em Belém, será um momento crucial para garantir que promessas de financiamento se traduzam em ações concretas. O objetivo é mobilizar ao menos US$ 1,3 trilhão por ano até 2035 para ações climáticas em países em desenvolvimento.
“O sucesso da COP30 dependerá da nossa capacidade de reduzir a distância entre promessas e resultados”, enfatizam os autores.
Para isso, defendem novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e maior participação dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento no financiamento climático.
Compromisso com um futuro inclusivo
Os presidentes concluem destacando a importância de fortalecer a cooperação internacional diante de um mundo cada vez mais fragmentado. “Joanesburgo, Belém e Sevilha precisam servir como bastiões da cooperação multilateral”, afirmam, reforçando o papel do G20, da COP30 e do FfD4 na construção de um futuro mais equitativo e sustentável.
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