Presidente Lula repete erros do passado e perde apoio, aponta Joaci Góes em artigo

Presidente Lula é acusado de repetir falhas históricas e aprofundar isolamento internacional do Brasil.
Em análise publicada nesta quinta-feira (15/05/2025), o escritor Joaci Góes critica a condução do governo Lula e associa a perda de popularidade do presidente à reincidência em práticas populistas e impropriedades diplomáticas.

Na edição desta quinta-feira (15/05/2025) da Tribuna da Bahia, o escritor, intelectual e ex-deputado constituinte Joaci Góes publicou o artigo intitulado “O único animal que tropeça na mesma pedra”, no qual analisa criticamente a trajetória recente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e traça paralelos entre os erros cometidos por Lula e aqueles que levaram o ex-presidente Jair Bolsonaro à perda de seu mandato e inelegibilidade.

Góes retoma uma metáfora recorrente em sua obra Esquerdas e Direitas“o homem é o único animal que tropeça, mais de uma vez, na mesma pedra” — para destacar o que classifica como a tendência de Lula em reincidir nos erros de governos anteriores. Segundo o autor, o presidente não apenas repete falhas passadas, como teria também aperfeiçoado os equívocos que custaram a Bolsonaro sua reeleição, como a incontinência verbal e a ausência de um porta-voz institucional para filtrar declarações polêmicas.

“Para proteger-se contra esta maré de revezes, bastaria que Bolsonaro tivesse recorrido a um porta-voz para transmitir seus pronunciamentos, revestidos da necessária cautela”, escreve o autor.

Popularidade em queda e desgaste diplomático internacional

Joaci Góes observa que, mesmo com o apoio de uma ampla coalizão partidária e da grande mídia, Lula enfrenta queda acentuada de popularidade, a ponto de parte de sua base cogitar substituí-lo pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

O autor aponta dois fatores principais para o desgaste de imagem: o reiterado uso de um discurso populista e a adoção de posicionamentos diplomáticos controversos, que têm causado constrangimento internacional. Segundo Góes, o Brasil vive hoje uma condição inédita de “pária mundial”, sendo repudiado por países como Israel, Ucrânia e Estados Unidos, além de enfrentar críticas de nações sul-americanas e europeias.

“Tudo isso acontecendo quando a humanidade, majoritariamente, conclui pelo fracasso do socialismo”, afirma o autor.

Preferência por regimes autoritários e crítica ao marxismo

Um dos pontos centrais da crítica de Joaci Góes recai sobre a orientação ideológica do governo Lula, marcada pela aproximação com regimes considerados antidemocráticos, como Venezuela, Nicarágua, Rússia, China e Irã. Para ele, esse alinhamento contraria os avanços das sociedades democráticas modernas.

Góes afirma que até os países comunistas aderiram a práticas autoritárias de viés fascista e projeta que, a longo prazo, esses regimes tendem a se democratizar, como teria ocorrido com Singapura. Ele ainda sugere, com ironia crítica, que “se vivo fosse, Karl Marx seria antimarxista”, diante dos avanços do capitalismo moderno em qualidade de vida, longevidade e bem-estar geral.

“A pessoa mais poderosa do tempo de Marx não tinha a qualidade de vida de um operário do mundo desenvolvido de hoje”, destaca.

Por fim, Góes encerra o artigo citando o ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, ao afirmar que “uma maré montante levanta todos os barcos” — em referência à lógica liberal segundo a qual o crescimento econômico sustentado beneficia a sociedade como um todo, e não apenas setores específicos.


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