O Hospital Geral de Camaçari (HGC), localizado na Região Metropolitana, tem como missão principal o atendimento de casos graves, porém, enfrenta atualmente uma sobrecarga significativa. Cerca de 46% dos atendimentos registrados são de baixa complexidade, deveres das Unidades Básicas de Saúde (UBS) municipais. Esta situação demonstra a carência estrutural das unidades de saúde locais, comprometendo o foco do HGC em atendimentos de alta gravidade. Residentes de Camaçari representam a maioria dos atendimentos, evidenciando a insuficiência da rede municipal e sobrecarregando o hospital, informou a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB).
A diretora geral do HGC, Thaís Fraga Nunes, destaca que a superlotação resulta em uma sobrecarga da equipe médica e dos recursos hospitalares. A maioria dos casos atendidos no hospital não corresponde à sua especialidade em alta complexidade, desviando recursos valiosos. Mesmo com protocolos de priorização de atendimento, a maioria dos pacientes ainda busca o hospital diretamente, devido à falta de serviços de saúde municipais.
O superintendente de Atenção Integral à Saúde do Estado, Karlos Figueiredo, aponta que a situação crítica levou até mesmo a propostas de ampliação dos serviços do HGC para incluir atendimento odontológico, uma área de competência municipal. Esta situação reflete a necessidade de uma resposta estadual para preencher lacunas na assistência à saúde em Camaçari.
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