Em Tucano, empresários são presos por sonegação e polícia quer elucidar crimes com rapidez

Jornal Grande Bahia, compromisso em informar.
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Em operação conjunta promovida pela Secretaria da Fazenda e Polícia Civil, foram cumpridos, nesta quinta-feira (31/04/2011), no município baiano de Tucano – região Nordeste do estado, distante 252 quilômetros de Salvador – nove mandados de busca e apreensão e dois de prisão.

Batizada de “Pirilampo, ela contou com o apoio das delegacias de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas em Rodovias (Decarga) e de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) e foi responsável pela desarticulação de um esquema de sonegação fiscal, que teria gerado um prejuízo de aproximadamente R$ 3 milhões anuais aos cofres públicos.

Foram recolhidos computadores e documentos fiscais nas sedes de empresas e escritórios comerciais investigados e na residência de José Iranildo Andrade dos Santos, empresário apontado como líder das fraudes e com mandado de prisão em aberto. O golpe consiste em utilizar firmas fantasmas para emissão de notas fiscais, com o objetivo de “esquentar” as cargas. José Maurício Soares, que atuava como “laranja”, foi preso em Tucano e ouvido pelos delegados João Uzzum e Ana Virgínia Paim, ambos da Decarga.

Polícia quer elucidar crimes com rapidez

A elucidação dos homicídios registrados em Salvador está mais célere desde a adoção do Serviço de Investigação em Local de Crime (SILC), iniciativa da Polícia Civil, criada desde fevereiro último, com o objetivo de esclarecer os assassinatos nas primeiras 48 horas após a ocorrência dos delitos. A delegada Francineide Moura, titular da Delegacia de Homicídios, avalia que “o rápido encaminhamento dos investigadores ao local do crime, acompanhados por peritos, como estabelece a rotina SILC, já possibilitou um crescimento do índice de elucidação da ordem de 70%”.

Ela ressaltou que essa nova metodologia de trabalho “permitiu, por exemplo, esclarecer, em menos de 24 horas, o assassinato de Genivaldo Rodrigues Ramos, morto a tiros por Aílton Aleluia Santos, no subúrbio de Praia Grande, no dia 26 de março”, acrescentando que “o homicida foi preso anteontem (30), ao apresentar-se na 5ª Delegacia, em Periperi, por força de um mandado judicial de prisão temporária representado pela DH”.

A rotina SILC também agilizou a elucidação dos homicídios de Antônio Carlos de Almeida Nascimento e de José Alexandre do Carmo Alves, integrantes de quadrilhas rivais de traficantes, mortos a tiros em 19 de fevereiro, na Gamboa de Baixo. Os cinco homens, identificados como autores dos crimes, já tiveram os mandados de prisão expedidos pela Justiça.

Reforço

Francineide esclareceu que, inicialmente, o Serviço de Investigação em Local de Crime era disponibilizado apenas nos finais de semana – nas noites de sexta-feira e aos sábados e domingos – com três equipes compostas por um delegado, um escrivão e três investigadores. “A partir de hoje (1º), o SILC também funcionará todas às noites, com duas equipes”, afirmou.

Tendo como base a Delegacia de Homicídios, sediada no Complexo Policial dos Barris, as equipes se deslocam imediatamente à cena do crime, acompanhadas de peritos, para procederem à investigação até que se esgotem todos os recursos para a elucidação do delito. A rotina SILC também é estendida, de forma excepcional, à Região Metropolitana de Salvador, nos casos de homicídios múltiplos.

Enquanto são adotados procedimentos investigativos nos locais dos homicídios, como produção de provas periciais e testemunhais possíveis, utilizando inclusive recursos tecnológicos, como câmaras digitais e filmadoras e observando-se sempre a importância do isolamento da área, a equipe policial preenche o Relatório de Recognição Visuográfica de Local de Crime.

Detalhes, como condições do ambiente, tipo de material apreendido (armas, projéteis, drogas, entre outros) e dados gerais da vítima devem constar nesse relatório, que virá anexado com fotografias e imagens em meio digital. A Polícia Civil busca, com essas providências, alcançar melhores resultados na investigação no local do crime e torná-la mais técnica e científica.

A delegada Francineide Moura destaca também a importância de se ouvir testemunhas e familiares das vítimas nos primeiros momentos após o crime. “Isto ajuda na elucidação”, revelou, lembrando a colaboração prestada recentemente por um homem que presenciou um homicídio da região de Brotas. “Espontaneamente, ele compareceu à nossa unidade e relatou o que tinha visto. Seu testemunho nos auxiliou a identificar em poucas horas os autores do assassinato”.

*Com informações Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP Bahia).

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