“Eu tenho por lema nunca julgar ninguém sem que haja uma prova concreta. Mas sempre que existirem suspeitas, eu acho que os envolvidos devem se pronunciar”, afirmou o deputado estadual Carlos Geilson em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Bahia, nesta segunda-feira (06/04/2015). O parlamentar estava se referindo aos acusados, pelo Ministério Público, de fraude milionária no Hospital Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana.
De acordo com o jornal feirense, Folha do Estado, os gestores do HGCA, José Carlos Pitangueira e Alexandre Silva Dumas estão sendo investigados pelo Ministério Público, sob suspeita de irregularidade na execução do Mutirão de Cirurgia de Varizes, que aconteceu entre setembro de 2013 e maio de 2014.
O custo das cirurgias foge da realidade: foram gastos mais de R$ 15 milhões em materiais cirúrgicos. Neste período foram atendidos uma média de 450 pacientes, levando-se em consideração o serviço era quinzenal e eram atendidas cerca de 50 pessoas por mês, e sempre aos domingos. “Se uma cirurgia dessas custa de 3 a 5 mil reais em clínicas particulares, logo, os gastos não chegariam a 3 milhões”, calcula Geilson.
O deputado disse que vai apresentar requerimento na Comissão de Saúde, para que o secretário de Saúde da época, Jorge Solla, assim como os gestores acusados, possam vir à Assembleia para esclarecer os altos custos com as cirurgias. “Nós temos que ter o cuidado de ouvir essas pessoas. Não vamos acusar de desvios de recursos, mas é uma situação que precisa de averiguação. Os valores gastos são absurdos, tudo é nebuloso, tudo é suspeito. E o que eu cobro é uma explicação destas pessoas envolvidas”, frisou Carlos Geilson.
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