‘The betrayal of Brazil – A traição do Brasil’ foi o título escolhido pela revista britânica The Economist para abordar crise política no país

Na edição latino-americana, revista 'The Economist' aborda crise política no Brasil.
Na edição latino-americana, revista 'The Economist' aborda crise política no Brasil.
Na edição latino-americana, revista 'The Economist' aborda crise política no Brasil.
Na edição latino-americana, revista ‘The Economist’ aborda crise política no Brasil.

A capa da edição latino-americana da publicação traz uma montagem com o Cristo Redentor segurando uma placa de “SOS”. Na reportagem, com título ‘The betrayal of Brazil – A traição do Brasil’, a revista The Economist diz que o fracasso brasileiro não é só culpa da presidente Dilma Rousseff, mas de toda a classe política, que “decepcionou o país por meio de um mix de negligência e corrupção”.

Após descrever a votação do impeachment na Câmara como um dos momentos “mais estranhos” da vida política nacional, a Economist diz que a “mancha de corrupção” está espalhada por muitos partidos brasileiros: “dos 21 deputados sob investigação no caso da Petrobras, 16 votaram pelo impeachment de Rousseff. Cerca de 60% dos congressistas enfrentam acusações de delito criminal.”

“O alarmante é que aqueles que estão trabalhando para sua saída (de Dilma) são, de muitas formas, piores do que ela”, segue a reportagem.

A Economist opina que um governo Michel Temer poderia trazer um “alívio econômico de curto prazo”, mas pondera que o PMDB também é citado nos escândalos de corrupção e menciona as acusações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, réu na operação Lava Jato.

Segundo a revista, para enfrentar um cenário de recessão, inflação e desemprego, a melhor saída seria a convocação de eleições gerais.

“Um novo presidente pode ter um mandato para embarcar em reformas que escaparam dos governos durante décadas. Os eleitores também merecem uma chance de livrar-se de todo o Congresso infestado de corrupção. Apenas novos líderes e novos legisladores podem realizar as reformas fundamentais de que o Brasil necessita.”

No entanto, a publicação considera essa possibilidade pouco provável, já que depende dos atores que estão hoje no poder. E conclui que os eleitores “não devem se esquecer deste momento”, porque terão a chance de ir às urnas para votar por “algo melhor”.

Na primeira vez em que a Economist usou o Cristo Redentor em sua capa sobre o Brasil, o contexto era outro.

Em 2009, a revista publicou a montagem do Cristo na forma de um foguete, prestes a levantar voo, com o título “Brazil takes off” (“Brasil decola”, em tradução livre). Otimista, a reportagem falava dos rumos promissores da economia brasileira.

Em outubro de 2013, a publicação também mostrava o Cristo, mas, desta vez, em trajetória de queda. O texto, de 14 páginas, questionava “Has Brazil blown it?” (“O Brasil estragou tudo?”, em tradução livre), em menção aos primeiros sinais da crise econômica.

*Com informações da BBC Brasil.

Capas da revista The Economist abordam momentos distintos da economia durante Governo Rousseff.
Capas da revista The Economist abordam momentos distintos da economia durante Governo Rousseff.
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