Deputado Robinson Almeida denuncia negócio em família realizado com recurso público pelo prefeito ACM Neto; R$ 2,8 milhões vão para ONG da mamãe em Salvador

ACM Junior e Maria do Rosário Magalhães e ACM Neto, negócios em família realizados com recursos públicos demarca trajetória de acumulação de riqueza dos Magalhães.
ACM Junior e Maria do Rosário Magalhães e ACM Neto, negócios em família realizados com recursos públicos demarca trajetória de acumulação de riqueza dos Magalhães.

Em nota encaminhada nesta segunda-feira (02/04/2017) ao Jornal Grande Bahia (JGB), o ex-secretário estadual de Comunicação da Bahia e pré-candidato a deputado estadual Robinson Almeida (PT) denunciou o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), por uso indevido de recursos públicos da ordem de R$ 2,8 milhões. O dinheiro proveniente dos cofres municipais beneficia “ONG presidida pela própria mãe do prefeito, Maria do Rosário Magalhães”, diz Robinson Almeida.

O negócio familiar, realizado pelo prefeito ACM Neto (DEM), repete o histórico dos Magalhães. Observando que o patriarca Antonio Carlos Magalhães (1927 —2007) acumulou significativa fortuna pessoal, enquanto ocupava cargos públicos.

Confira a nota ‘Neto, primeiro o dele, depois o do resto’

“Mateus, primeiro os meus, depois os teus”. Esse provérbio, de origem bíblica, símbolo do egoísmo, retrata bem a decisão do prefeito de Salvador, ACM Neto, de designar R$ 2,8 milhões da prefeitura para uma ONG presidida pela própria mãe, Maria do Rosário Magalhães.

No dia do aniversário da cidade, 29/03, o Diário Oficial do Município publicou o aditivo de contrato entre a prefeitura e a Parque Social Empreendedorismo e Desenvolvimento Social.

O absurdo não para por aí. O contrato foi ainda assinado pela diretora da entidade, Sandra Maria de Souza Paranhos, que atualmente é assessora especial de ACM Neto na prefeitura de Salvador, com salário de R$ 13 mil.

Enquanto isso, a maioria da população de Salvador não tem Atenção Básica de Saúde. Apenas 36% de cobertura, a pior do estado. Faltam médicos, enfermeiros e remédios nos poucos postos de saúde que funcionam nos bairros populares da capital.

Por essa inversão de prioridades, o provérbio do egoísmo ganha nova forma contemporânea: “Neto, primeiro o dele, depois o do resto…”

Robinson Almeida

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10933 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.