Instituições da sociedade civil conhecem edital para mapear terreiros em Feira de Santana

Apresentação do Edital de Chamada Pública para o mapeamento de terreiros em Feira de Santana.
Apresentação do Edital de Chamada Pública para o mapeamento de terreiros em Feira de Santana.
Apresentação do Edital de Chamada Pública para o mapeamento de terreiros em Feira de Santana.
Apresentação do Edital de Chamada Pública para o mapeamento de terreiros em Feira de Santana.

Representantes de instituições da sociedade civil conheceram detalhes do Edital de Chamada Pública nº 06/2018, visando selecionar uma Organização da Sociedade Civil (OSC) para firmar parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEDESO), com a finalidade de elaborar e executar projeto voltado para o mapeamento dos terreiros de Feira de Santana. A apresentação foi iniciativa do Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento de Comunidades Negras e Indígenas (COMDECNI), na Casa dos Conselhos.

O projeto está orçado no valor limite de R$ 50.000,00 e será desenvolvido através de parceria com o Ministério dos Direitos Humanos (MDH) – Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O técnico Geovanne da Silva Ferreira explicou detalhes do edital, que se encontra publicado no Diário Oficial do Município de Feira de Santana (www.diariooficial.feiradesantana.ba.gov.br). “O projeto será desenvolvido em 2019 e é importante para que possa ter subsídios importantes para auxiliar na fomentação de políticas públicas para essa população”, frisou.

Coordenador regional da Acbatu, Cristionízio Almeida, ou Pai Ku Tu, como é mais conhecido, considera a iniciativa de extrema importância. “É uma forma de valorização destes espaços e de seu próprio povo. Não temos um número exato de terreiros, mas estima-se que exista mais de 200 só neste município”, ressaltou.

Já presidente do Comdecni, Maria de Lourdes Souza Santana, avalia que o mapeamento dos terreiros possibilitará um conhecimento real de toda a estrutura destes espaços e de seus membros, levantando números essenciais para a promoção de ações e de políticas públicas. “Será um marco inquestionável esta iniciativa”, afirmou.

Novos terreiros e casas de umbanda 

O número oficial destes espaços na cidade é, além de desconhecido, subestimado. A análise é da coordenadora regional da Federação Nacional de Culto Afro-Brasileiro (FENACAB), Maria das Graças Ferreira Santos, a Mãe Graça, ao garantir que todos os meses abrem novas casas de umbanda e terreiros na Princesa do Sertão.

O número oficial, conforme Mãe Graça, somente será conhecido através do mapeamento que o Governo Municipal, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEDESO), pretende desenvolver. “É um mapeamento muito importante e necessário para conhecermos nossa cultura e nossa religião, além da definição de políticas públicas voltadas para este povo”, frisou.

O mapeamento, conforme observa, vai tipificar os terreiros de candomblé, as casas de umbanda e os giros de caboclos, com número de membros, além de localização e toda sua estrutura.

Mais força em algumas localidades

Em Feira de Santana, os espaços de culto afro-brasileiro se espalham por praticamente todo o município. Entretanto, algumas localidades ganham força, a exemplo da Rua Nova, Tomba, Campo Limpo e Queimadinha, e na zona rural tem boa representatividade nos distritos de Bonfim de Feira, Humildes e Jaíba

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