3ª edição do Festival Estudantil de Artes Cênicas ocorre em Salvador

Cena do Espetáculo Eudemônia.
Cena do Espetáculo Eudemônia.
Cena do Espetáculo Eudemônia.
Cena do Espetáculo Eudemônia.

O espetáculo de dança com narrativa brechtiana Maré – Águas de Mim, dirigido por Guilherme Hunder e Márcio Fidelis, abrirá no dia 1º de dezembro de 2018, às 19 horas, no Teatro Castro Alves, em Salvador, a 3ª edição do Festival Estudantil de Artes Cênicas (FESTAC). O festival é uma realização dos Coletivos Coato, Cooxia e a Escola de Teatro da UFBA, e contará com obras do interior e da capital baiana.

O FESTAC ocorrerá entre os dias 1 e 9 de dezembro, com 16 espetáculos em sua programação, ocupando diferentes espaços culturais e públicos de Salvador – Teatro Castro Alves, Teatro Martins Gonçalves, Teatro Gamboa Nova, Teatro Sesc Senac Pelourinho, Casa Evoé (Largo dos Aflitos), Centro Cultural Plataforma e o Laboratório de Experimentação Estética do Museu de Arte da Bahia.

Os espetáculos selecionados e convidados são propostas de trabalho nas áreas de Teatro, Dança, Performance e Circo. O Festival Estudantil de Artes Cênicas é um espaço de encontro entre artistas criadores das artes aplicadas dentro das Escolas Secundaristas e das Escolas de Artes Cênicas do Estado da Bahia.

O Festival busca ampliar o diálogo da produção universitária/secundarista com diferentes públicos a partir da ampliação no acesso as mesmas e promove intercâmbios artísticos e profissionais. Além das apresentações artísticas, também irão compor a programação do 3º FESTAC sessões de bate papo após os espetáculos com as produções participantes.

Ocorrerá ainda o 1º Encontro Estadual de Teatro de Grupo na Bahia, realizado em colaboração com a ‘ATêlier voadOR’, no dia 4 de dezembro, às 14 horas; e a mesa Gerir Resistência, em que ocorrerá um diálogo sobre modos de criação em grupo e coletivo, no dia 9 de dezembro, às 10 horas. Ambos os eventos ocorrerão no Foyer do Teatro Martim Gonçalves.

De acordo com Danilo Lima, representante do Coletivo Coato, as palavras que resumem esta edição são corpo/espaço/manifesto. “Buscamos na/junto/com a arte representações daquilo que reivindicamos, presenças do aqui agora entre artistas e espectadores e autonomias relacionadas a equipe que compõe a edição do festival este ano e dos grupos que estão em nossa programação”, específica

Em 2018, o FESTAC conta apenas com um apoio emergencial da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal da Bahia para sua realização, que está sendo direcionado para gastos de logística e executivo. “E isso tudo, é resistência. Porque cada espetáculo selecionado terá seu retorno a partir da bilheteria de sua sessão. O espectador torna-se um investidor do projeto artístico”, pontua Lima.

A palavra resistência serviu também como um dos eixos para a atividade curatorial, porque resume a tríade corpo/espaço/manifesto. A curadoria desta edição do festival foi realizada por Danilo Lima junto a Marcus Lobo, também integrante do Coato, e Guilherme Hunder integrante do Cooxia Coletivo Teatral.

Essa resistência de viver apenas da bilheteria e como sustentar as produções das artes cênicas, de modo financeiro, será uma das interrogações que serão levantadas nos bate-papos após às apresentações dos espetáculos. Outra discussão a ser levantada é que muitos trabalhos assinam como coletivos ou grupos “e nós acreditamos nessa maneira de produzir arte”, com isso serão ouvidos grupos experientes e novos.

Fazem parte da programação os grupos Coletivo DUO (O Barão nas Árvores), Reforma Cia. de Dança (Em Ponta de Faca), Cia Municipal de Teatro Amador de Lauro de Freitas (EDU E CAÇÃO – A Lenda das Cabeças Quadradas), Cia da Mata (Amarelo Ouro Mi Maió), Grupo Por Acaso (Império das Sombras), a Escola Estadual Almirante Barroso (Heroínas Negras Brasileiras) e o Coletivo Palavriadores – Feira de Santana (Palavriando).

Programação

O espetáculo Maré – Águas de mim é uma produção da Escola de Dança da Fundação Cultural da Bahia, com direção de Guilherme Hunder (teatro) e Márcio Fidelis (dança), que traz aproximadamente 200 crianças e adolescentes em cena. Maré tem a dança como linguagem principal, mas é permeado por narrativas épicas, brechtiana.

O espetáculo faz um recorte acerca da formação de nossa identidade de brasileiros, principalmente, baiano, da nossa relação com o mar. A montagem é dividida em três atos: Maré Viva – que fala das manifestações populares afrodiaspóricas; Maré Alta – que aborda a parte religiosa baiana que foi influenciada pelas culturas Africana e Ibérica; e Maré Revolta – que aborda o poder da arte.

A 3ª edição do Festival Estudantil de Artes Cênicas convidou ainda dois espetáculos produzidos por estudantes do curso de direção teatral da Escola de Teatro da UFBA: Eudemônia, com direção de Letícia Bianchi, a ser apresentado no dia 08 de dezembro, no Teatro Sesc Senac Pelourinho, às 19:30 horas; e a performance Maria – Um rito para a minha avó, com direção e atuação de Leandro Santolli, em cartaz no dia 7 de dezembro, às 20 horas, no Teatro Martim Gonçalves.

Outro convidado é a performance itinerante Infestação, com os integrantes do GPDC-3 UFBA/CNPq, coordenado pela professora e coreógrafa Lela Queiroz, no dia 7 de dezembro, que iniciará na área externa da Escola de Teatro da UFBA (ETUFBA), no Canela. A performance andará pelas ruas em torno e voltará a ETUFBA, onde será projetado no foyer do Teatro Martim Gonçalves registros por onde já circulou, nos dias 07 e 08 de dezembro.

Um dos espetáculos do interior que destacamos é Silêncio (autoacusação), do Grupo Teatral Apodío, de Vitória da Conquista. Repleta de expressões artísticas, além do teatro, como a dança e a música, a montagem instiga a plateia e se apropria desse quesito como forma de identidade. Silencio é inspirado nos textos de Peter Handke e traz consigo a ideia original do mergulho nas aguerridas provocações humanas. A montagem participa também do 3° Festival de Teatro do Interior da Bahia.

Centenário

Em parceria com o Museu de Arte da Bahia, que está comemorando em 2018 o seu centenário, a 3ª edição do Festival Estudantil de Artes Cênicas (FESTAC) é coprodutora da temporada do espetáculo A Rede, memórias compartilhadas, do Grupo Junto e Misturado. A performance é ambientada em um futuro onde as redes sociais provocaram um colapso entre as potências mundiais, levando a humanidade a miséria e destruição.

Confira a programação completa do FESTAC – 3ª edição

Teatro Castro Alves

Maré – Águas de Mim

Escola de Dança da Fundação Cultural da Bahia – direção de Guilherme Hunder e Márcio Fidélis

Quando: 1º de dezembro, às 19 horas

Teatro Martim Gonçalves

O Barão nas árvores – com Marcos Lopes

Coletivo DUO

Quando: 3 de dezembro, às 19 horas

Em Ponta de Faca

Reforma Cia. de Dança

Quando: 4 e 5 de dezembro, às 20 horas

Edu e Cação – A Lenda das Cabeças Quadradas

Cia Municipal de Teatro Amador de Lauro de Freitas

Quando: 5 de dezembro, às 17 horas

Amarelo Ouro Mi Maió

Cia da Mata

Quando: 6 de dezembro, às 17 horas

Nanquim (dança)

Coreografia: Luana Fulô

Quando: 6 de dezembro, às 20 horas

Silêncio (autoacusação)

Grupo Apodio

Quando: 8 de dezembro, às 19 horas

 Heroínas Negras Brasileiras

Escola Estadual Almirante Barroso – direção Naidi Oliveira

Quando: 7 de dezembro, às 17 horas

Maria – Um rito para a minha avó

Direção: Leandro Santolli

Quando: 7 de dezembro, às 20 horas

Palavriando

Coletivo Palavriadores – Feira de Santana

Quando: 9 de dezembro, às 19 horas

Teatro Gamboa Nova

Não me Fale de Fraquezas

Direção: Simuma Simone e Junior Brito

Quando: 5 e 6 de dezembro, às 19 horas

Império das Sombras

Grupo Por Acaso

Quando: 7 e 8 de dezembro, às 19 horas

Centro Cultural Plataforma:

Heroínas Negras Brasileiras

Escola Estadual Almirante Barroso – direção Naidi Oliveira

Quando: 6 de dezembro, às 18 horas

Amarelo Ouro Mi Maió

Cia da Mata

Quando: 7 de dezembro, às 18 horas

Campo Grande / Passeio Público

Papel em Braco – com Ricardo Boa Sorte (Performance)

Quando: 7 de dezembro, às 16 horas

Laboratório de Experimentação Estética do Museu de Arte da Bahia:

A Rede – Memórias compartilhadas

Cia. Junto e Misturado

Quando: 30 de novembro e 1, 2, 7, 8, 9 de dezembro, às 20 horas

Sesc Pelourinho

Joanina – A santinha sertaneza

Grupo Canteiro de Teatro

Quando: 8 e 9 de dezembro, às 17 horas

Eudemônia

Cooxia Coletivo Teatral

Quando: 8 de dezembro, às 19:30 horas

Foyer do Teatro Martim Gonçalves

Infestação – com Lela Queiroz

Quando: 7 de dezembro – itinerância das 15 às 18 horas, depois Foyer do TMG para exibição de projeção de circulação da performance

Quando: 8 de dezembro, às 18 horas, exibição de vídeo

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