O Maior fabricante de cimento do mundo, o grupo franco-suíço LafargeHolcin se prepara para deixar o Brasil e espera vender os ativos no país, que valeriam cerca de US$ 1,5 bilhão, segundo informações da agência de notícias Bloomberg.
O grupo tem operações em nove estados nas regiões Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo), Nordeste (Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte) e Centro-Oeste (Goiás). Segundo o site da empresa, são dez plantas industriais e 1.400 funcionários no país. Na Bahia, a empresa tem uma unidade industrial em Candeias.
Segundo a Bloomberg, a LafargeHolcin contratou o banco Itaú BBA para fazer o desinvestimento, com a venda dos ativos locais a um comprador. Se concretizada, a saída se soma ao movimento de outras multinacionais de diversos setores, como Sony, Ford, LG e Mercedes-Benz, que anunciaram desinvestimentos no Brasil nos últimos meses em meio à crise econômica no país.
O atual diretor-executivo global do grupo, Jan Jenisch, tem adotado uma estratégia de vender ativos para a redução dos níveis de endividamento da companhia, ainda de acordo com a agência de notícias. Desde 2018, por exemplo, a empresa vendeu uma série de ativos seus fora da Europa, como os localizados em Indonésia e Malásia.
Atualmente, a LafargeHolcin é uma das maiores fabricantes de cimento do país. Uma venda da operação para um concorrente poderia ter dificuldade de passar no Cade (órgão antitruste brasileiro), que já giu no passado para evitar a concentração de mercado e cartéis no setor.
O mercado da construção civil voltou a crescer em 2019 e se manteve em alta no ano passado em meio à pandemia, em boa medida devido ao pagamento do auxílio emergencial. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), o mercado cresceu 11% em 2020. A alta foi de 19% no primeiro trimestre deste ano, na cmoparação com o mesmo período do ano passado.
*Com informações da Bloomberg e Jornal O Globo.