Rússia e União Econômica Eurasiática buscam abandonar pagamentos em dólar; BRICS e OCX podem aumentar transações em moedas nacionais

Países abandonam ou reduzem influência do dólar como moeda de troca internacional.
Países abandonam ou reduzem influência do dólar como moeda de troca internacional.

Os países da União Econômica Eurasiática (UEE) estão trabalhando para abandonar os pagamentos em dólar americano, declarou Mikhail Evdokimov, chefe do primeiro departamento dos países da Comunidade de Estados Independentes no Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

“Uma atenção considerável é dada às questões do uso mais alargado das moedas nacionais nos pagamentos mútuos e ao abandono do uso do dólar”, afirmou o diplomata.

Além disso, ele observou que o uso das moedas nacionais nos pagamentos mútuos da UEE já superava 70% antes mesmo das sanções contra o setor financeiro e bancário russo.

Evdokimov destaca que os países ocidentais seguem tentando minar os processos de integração na Comunidade de Estados Independentes.
A União Econômica Eurasiática é formada pela Rússia, Belarus, Cazaquistão, Armênia e Quirguistão.

Rússia propõe aos países do BRICS e OCX aumentar transações em moedas nacionais

A Rússia propõe aos países seus parceiros das organizações regionais aumentar as transações em moedas nacionais, disse nesta segunda-feira (25/04/2022) o ministro da Indústria e Comércio, Denis Manturov.

A proposta foi feita aos países-membros do BRICS, da Organização para Cooperação de Xangai (OCX) e da União Econômica Eurasiática. De acordo com as palavras do ministro, em 2021 o volume dos negócios da Rússia com os países integrantes dessas organizações cresceu aproximadamente 38%.

“O que está acontecendo na economia global e no mundo de hoje nos indica como precisamos reestruturar nossa logística, cooperação industrial e em que direção podemos desenvolver nossas economias.”

Na opinião dele, isso inclui a limitação das transações em dólar e euro: “Ou seja, é a transição para nossas próprias moedas a fim de sermos o mais independentes possível do ponto de vista dos pagamentos mútuos, com contraentregas de nossas mercadorias e cooperação externa”.

Denis Manturov acrescentou que a Europa Ocidental e os EUA vivem agora uma hiperinflação, o que não acontecia há pelo menos 30 anos.

“Os preços estão subindo rapidamente nesses países, especialmente para as commodities. Isto afeta o desenvolvimento dos setores industriais e da economia como um todo”, notou o ministro.

*Com informações da Sputnik Brasil.

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