Bolsa cai para menor nível desde agosto de 2022 com crise no Credit Suisse

O mercado financeiro teve um dia tenso em todo o planeta, após o banco Credit Suisse anunciar “debilidades significativas” nos balanços e nos controles nos últimos dois anos.
O mercado financeiro teve um dia tenso em todo o planeta, após o banco Credit Suisse anunciar “debilidades significativas” nos balanços e nos controles nos últimos dois anos.

A crise no banco europeu Credit Suisse e os reflexos da quebra de dois bancos norte-americanos provocaram turbulências no mercado financeiro. A bolsa de valores caiu nesta quarta-feira (15/03/2023) para o menor patamar desde agosto.

O índice Ibovespa, da B3, fechou esta quarta-feira aos 102.675 pontos, com queda de 0,25%. O indicador chegou a cair 2,18% por volta das 12 horas, aproximando-se dos 100 mil pontos, mas reagiu durante a tarde e quase zerou as perdas. Mesmo fechando praticamente estável, o indicador, que acumula cinco perdas consecutivas, está no menor nível desde 1º de agosto.

O dia também foi tenso no mercado de câmbio. O dólar comercial encerrou esta quarta vendido a R$ 5,294, com alta de R$ 0,037 (+0,7%). A cotação disparou até o início da tarde, chegando a R$ 5,32 na máxima do dia, pouco antes das 14 horas, mas arrefeceu perto do fim das negociações.

A moeda norte-americana está no maior nível desde 5 de janeiro, quando era vendida a R$ 5,35. A divisa acumula alta de 1,32% em março e de 0,27% em 2023. Até esta terça-feira (14), o dólar acumulava queda no ano.

O mercado financeiro teve um dia tenso em todo o planeta, após o banco Credit Suisse anunciar “debilidades significativas” nos balanços e nos controles nos últimos dois anos. A crise na instituição financeira ocorre dias após dois bancos norte-americanos ligados a empresas de tecnologia falirem e terem os depósitos dos clientes garantidos pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano).

Ao longo da tarde, dois fatores arrefeceram a instabilidade no dólar e na bolsa: o anúncio do Banco Central suíço de que pode socorrer a instituição financeira, se necessário, e a confirmação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que o novo arcabouço fiscal será anunciado antes da viagem oficial à China, prevista para a última semana deste mês.

Equipe econômica monitora possíveis impactos da crise no Credit Suisse

A equipe econômica está acompanhando os desdobramentos da crise no banco Credit Suisse, que afeta o mercado financeiro de todo o planeta, disse nesta quarta-feira (15/03/2023) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em rápida conversa com jornalistas, Haddad informou que ele e a equipe estão em contato com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para avaliar possíveis impactos sobre o Brasil.

Na terça-feira (14), a instituição financeira suíça revelou ter identificado “debilidades significativas” em seus procedimentos de contabilidade e de controle nos últimos dois anos, o que levou à queda das ações. As bolsas europeias tiveram o pior dia em um ano.

As turbulências no Credit Suisse ocorrem dias após dois bancos da Califórnia, ligados a startups do setor tecnológico falirem, o que tem gerado instabilidade no mercado financeiro desde o fim da semana passada.

Arcabouço fiscal

Haddad também informou que a minuta do projeto de lei do novo arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos já foi enviada à Casa Civil. “Já está no Planalto”, disse o ministro a jornalistas, ao retornar ao Ministério da Fazenda após acompanhar a posse do novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jhonatan de Jesus.

Nesta tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que ainda não viu o texto e informou que pretende tomar uma decisão antes da viagem oficial à China, prevista para o próximo dia 24. Na terça-feira (14), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que a minuta do projeto de lei complementar será analisada ainda nesta semana.

Concluída pelo Ministério da Fazenda há duas semanas, a proposta do novo arcabouço fiscal foi apresentada ao Ministério do Planejamento, que concluiu as análises na semana passada, antes de ir para o Palácio do Planalto.

*Com informações da Agência Brasil.

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