A indústria química brasileira enfrenta um cenário preocupante com um déficit de US$ 43,3 bilhões na balança comercial de insumos em 2023, resultado de importações quatro vezes maiores que as exportações. A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) alerta para a disparidade de preços praticados por concorrentes estrangeiros, 24,4% mais baixos em média, impactando negativamente a produção nacional. O economista Sillas Sousa destaca a falta de investimentos em pesquisa, capital humano e ciência, ressaltando a necessidade de fortalecer a indústria para torná-la competitiva.
O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) enfatiza a importância estratégica da indústria química como fornecedora de insumos para diversos setores, defendendo a manutenção de políticas públicas que a fortaleçam. A suspensão temporária do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) em 2022 contribuiu para um aumento de 60% nas importações, destacando a sensibilidade do setor às políticas fiscais. Com a retomada do Reiq em dezembro passado, espera-se um impulso na competitividade, com benefícios fiscais e incentivos previstos para os próximos anos.
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