A Polícia Federal (PF) iniciará uma investigação sobre a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro de 2024. Esta hospedagem, ocorrida poucos dias após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, será objeto de análise para verificar se houve violação de restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A medida surge após revelações do jornal norte-americano The New York Times sobre a estadia de Bolsonaro na embaixada.
O periódico teve acesso a imagens das câmeras de segurança da embaixada, mostrando Bolsonaro acompanhado por seguranças e funcionários do escritório diplomático durante sua permanência. A hospedagem, durante o feriado de carnaval, gerou especulações sobre uma possível tentativa de fugir de investigações criminais, já que o ex-presidente estaria legalmente fora do alcance das autoridades nacionais em uma embaixada estrangeira.
A defesa de Bolsonaro confirmou sua estadia na embaixada, alegando que o objetivo era manter contato com autoridades húngaras. Enquanto isso, o governo federal reiterou sua garantia de autonomia à Polícia Federal para conduzir investigações sem interferências.
Embaixador húngaro é convocado ao Itamaraty para esclarecimentos sobre hospedagem
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) convocou o embaixador da Hungria, Miklos Halmai, nesta segunda-feira (25/03/2024), para fornecer esclarecimentos sobre a hospedagem do ex-presidente Jair Bolsonaro na embaixada durante o período de Carnaval. As imagens divulgadas pelo jornal The New York Times mostraram Bolsonaro chegando na noite de segunda-feira, 12 de fevereiro, e saindo na tarde de quarta-feira, 14 de fevereiro, levantando questionamentos sobre a intenção do ex-presidente, alvo de investigações criminais.
Halmai foi recebido pela embaixadora Maria Luísa Escorel, secretária de Europa e América do Norte, e o encontro durou aproximadamente 20 minutos. A Polícia Federal irá investigar as circunstâncias da hospedagem para verificar se Bolsonaro violou alguma das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
*Com informações da Agência Brasil.
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