Funeral do senador Antônio Carlos Magalhães contou com presença de personalidades da República

O presidente do Senado, Renan Calheiros, seu antecessor José Sarney, o vice-presidente José Alencar, e o deputado ACM Neto, durante velório de Antonio Carlos Magalhães, no Palácio da Aclamação, sede do governo baiano.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, seu antecessor José Sarney, o vice-presidente José Alencar, e o deputado ACM Neto, durante velório de Antonio Carlos Magalhães, no Palácio da Aclamação, sede do governo baiano.

No sábado (21/07/2007), a Bahia se despediu de uma figura icônica da política nacional, o senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA). O político, falecido na sexta-feira (20) em São Paulo, foi enterrado no Cemitério Campo Santo, em Salvador, ao lado de seu filho, o ex-deputado Luiz Eduardo Magalhães, que havia falecido em 1998.

Representantes da Associação das Baianas de Acarajé e Mingau do Estado da Bahia (Abam) receberam o corpo vestidas de branco, marcando um último adeus ao político que marcou a história do estado. O velório, que ocorreu no Palácio da Aclamação, foi encerrado com uma missa de corpo presente, contando com a presença de familiares, políticos e do vice-presidente da República, José Alencar, que manifestou o pesar em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fora do palácio, de 2 a 3 mil pessoas aguardavam a saída do corpo, enquanto cerca de 15 mil passaram pelo velório para prestar homenagens. Políticos de todo o Brasil, aliados e adversários, se uniram em uma última despedida, destacando a influência de ACM na política brasileira. Entre eles, estavam o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o senador José Sarney, ambos reconhecendo a perda de um grande aliado e líder na política baiana. A diversidade de presenças reflete a polarização que ACM sempre causou, sendo capaz de transformar amigos em inimigos e vice-versa.

ACM, que foi ministro das Comunicações no governo Sarney entre 1985 e 1990, deixou um legado marcante na política e na história da Bahia. Sua presença, polêmica e determinada, foi lembrada por aliados e adversários, cada um destacando aspectos diferentes da complexa trajetória do senador. O Brasil se despediu de um dos últimos grandes vultos de uma geração que marcou a política nacional, mas a Bahia continua a sentir a falta do homem que por mais de 40 anos influenciou os destinos do estado. O senador Antonio Carlos Magalhães deixou um vácuo na política brasileira, e agora, o país se vê diante do desafio de seguir adiante sem a presença impactante de ACM.

Dois dos principais aliados de ACM compareceram ao velório

Renan não esconde que perdeu um grande aliado no Senado. “Eu tinha nele um grande aliado. O senador deixa um espaço impreenchível na política da Bahia. Ele lutou para continuar vivo. É uma perda muito grande para o Brasil”, afirmou o presidente do Senado, envolvido numa crise política por conta das denúncias de que recebe ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais.

Renan, porém, não quis comentar se a ausência de ACM nesta crise política pode prejudicá-lo. “Não há momento ruim. A verdade vai prevalecer”, disse. Já Sarney resumiu em uma frase a história política de ACM. “Ele era capaz de transformar amigos em inimigos e inimigos em amigos”.

Outros aliados também estiveram no velório, entre eles os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG), César Borges (DEM-BA), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Edison Lobão (DEM-MA), Marco Maciel (DEM-PE), e Wellington Salgado (PMDB-MG). O ex-governador da Bahia Paulo Souto também participa da despedida a ACM.

Entre os adversários de ACM estiveram presentes o governador da Bahia, o petista Jaques Wagner, o prefeito de Salvador, João Henrique (PDT), o governador de Sergipe, o petista Marcelo Deda, e os deputados Nelson Pellegrino (PT-BA) e Walter Pinheiro (PT-BA). “ACM é uma figura marcante, sempre polêmico e que deixou fortes marcas na política baiana”, disse o governador da Bahia.

A primeira autoridade política a chegar pela manhã foi o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). “Vim prestar homenagem em nome da Câmara dos Deputados”, afirmou. Do PT, partido historicamente adversário de ACM, Chinaglia minimizou as divergências. “Ele (ACM) teve uma experiência política impar, concordando ou não com seu pensamento político. É o fechamento de um ciclo porque poucos da sua geração ainda sobrevivem”, disse

Dois dos principais aliados do senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) compareceram ao seu velório neste sábado (21), em Salvador. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador José Sarney (PMDB-AP) acompanharam a chegada do corpo de ACM a Salvador na noite de sexta e visitaram o velório no Palácio da Aclamação nesta manhã.

Políticos destacam personalidade de ACM

Adhemar de Barros Filho, ex-deputado: “ACM foi um exemplo de inteligência, coragem e experiência a serviço do país. Esteve em permanente vigilância da formação da República brasileira.”.

Aécio Neves (PSDB), governador de Minas Gerais: “Ele gerou dissidentes do governo militar e foi essencial para fortalecer a democracia. Foi um agente importante na construção da democracia e na formação de uma América do Sul mais serena.”.

Aloizio Mercadante (PT-SP), senador: “Ele fará muita falta ao debate político. Neste momento de despedida, só consigo pensar nas qualidades de alguém que construiu toda sua vida como homem público.”.

Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Câmara dos Deputados: “ACM faz parte de uma geração que desaparece por um processo natural de substituição de líderes. Para a família, eleitores e amigos, ele será insubstituível. Mas, na política, é preciso lembrar que ninguém é insubstituível”.

Arthur Virgílio (PSDB-AM), senador: “ACM morreu como viveu: guerreando. Ele derrotou a morte pelo menos uma meia dúzia de vezes.”.

César Borges (DEM-BA), senador: “É uma perda que vamos lamentar muito. O senador ACM é insubstituível”.

Cesar Maia (DEM-RJ), prefeito do Rio: “É uma perda muito grande. Ela era, de longe, a maior liderança que o PFL, agora os Democratas, teve desde a sua fundação.”.

Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo: “Minha solidariedade para com a família e minha oração por ele.”.

Eduardo Braga, governador do Amazonas: “Ele marcou a vida nacional pela defesa firme de seus pontos de vista e a Bahia, sua terra, pelas realizações.”.

Eduardo Campos, governador de Pernambuco: “É inegável que o senador foi uma presença muito forte na cena brasileira.”.

Eduardo Suplicy (PT-SP), senador: “Sua presença no plenário, na presidência da Comissão de Constituição e Justiça ou do Senado, fazia sempre diferença. Seu falecimento é sem dúvida uma grande perda para a Bahia e para o Brasil. Ele via com bons olhos o projeto que apresentei, e que foi aprovado com o seu voto, para instituir gradualmente a Renda Básica de Cidadania.”.

Fernando Collor, senador e ex-presidente da República: “ACM vai fazer muita falta no Senado. Foi uma grande perda tanto para o Senado, quanto para o Brasil. Um grande amigo e um político muito combativo.”.

Fernando Gabeira (PV-RJ), deputado federal: “Eu lamento a perda, não só para a Bahia, de um congressista experiente. Sempre tive boas relações com ele, apesar das divergências políticas. A experiência não é algo que falta no Congresso, há outros parlamentares experientes. O que falta no Congresso são pessoas que rompam com o corporativismo. E ACM não rompeu. Mas, apesar das divergências, tenho muito respeito por ele.”.

Francisco Dornelles (PP-RJ), senador: “Um dos políticos de atuação mais relevantes na história do país. Ele teve uma posição muito importante na consolidação da Nova República abrindo uma dissidência no PDS para apoiar Tancredo Neves. A posição muito firme tomada pelo senador Antônio Carlos Magalhães em alguns momentos da campanha foi importante para a consolidação da vitória de Tancredo Neves e José Sarney, em 85.”.

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República: “Ele era importante, forte, rápido, respeitoso, polêmico e encantador quando queria. Um inimigo temível para quem estivesse no campo oposto. Embora tivéssemos tido momentos de dificuldade em nosso relacionamento político, ele ajudou decisivamente o meu governo e o Brasil, especialmente, quando na Presidência do Senado e do Congresso, viabilizou reformas importantes.”.

Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo: “Antônio Carlos Magalhães foi um homem público com a marca da coragem, de posições claras e de grande trabalho pelo povo da Bahia e do Brasil. A Bahia perdeu um grande baiano, e o Brasil, um grande brasileiro”, afirmou o tucano.

Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo: “Ele deixa a marca de um lutador, de alguém que lutou muito por suas idéias e por seu estado. É um dia triste para o país.”.

Gustavo Fruet (PSDB-PR), deputado federal: “A avaliação que faço é que ele gerava um sentimento de amor ou ódio. Não gerava indiferença. No balanço, era um sujeito audacioso, não tem ninguém no Brasil com esse perfil”.

Heloisa Helena, presidente do PSOL: “Não falo sobre isso. Só digo uma coisa, meus inimigos eu escolho em vida. Depois, rezo por eles e espero que descansem em paz.”.

Ivan Valente (PSOL-SP), deputado: “O senador ACM vira uma página da história do Brasil. O país precisa avançar com valores democráticos. Acho que a vida pregressa dele fala mais pelo autoritarismo, com posições mais conservadoras. É claro que, desaparecendo o líder maior dessa corrente, a tendência é a perda de forças sucessivas dos setores que ele representava.”

Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), senador: “Ele consolidou uma liderança incontestável. Até aqueles que criticavam seu estilo não podem deixar de reconhecer sua liderança. A história de desenvolvimento da Bahia se divide antes e depois da inserção do grupo de Antonio Carlos.”.

Jader Barbalho (PDMB-PA), deputado federal e ex-senador: Não falará sobre a morte de ACM. Afirmou que tudo o que tinha a dizer sobre o senador foi expressado enquanto ele estava vivo.

Jaques Wagner, o governador da Bahia: “O senador tem marcas fortes na história política da Bahia. Ele foi uma referência no Estado, onde manteve presente sua ascendência política por mais de 40 anos e despertou paixões e ódios.”.

Jefferson Péres (PDT-AM), senador: “Não tem como haver indiferença a um político de grande estatura, do porte dele, assim como não dava para ser (indiferente) a outros de ideologias ímpares, mas de tamanha importância no cenário nacional como Carlos Lacerda ou Leonel Brizola.”.

José Agripino (DEM-RS), senador: “Seu espírito polêmico e seus gestos de amigo solidário vão fazer falta ao Brasil e deixar imensa saudade à Bahia.”.

José Gomes Temporão, ministro da Saúde: “Era um homem polêmico, mas defendia suas visões e seus princípios com muita determinação e paixão. O povo baiano o admirava muito. O Brasil sofreu uma grande perda.”

José Roberto Arruda, governador do Distrito Federal: “Com a morte do senador Antônio Carlos Magalhães, o Brasil perde um de seus maiores quadros políticos. Lamento, portanto, o triste acontecimento com o companheiro de partido, ao mesmo tempo em que me solidarizo com o sofrimento de seus familiares e amigos.”.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República: “Quero manifestar meus sentimentos à família, aos amigos e correligionários do senador Antônio Carlos Magalhães. O Brasil sabe que estivemos muitas vezes em campos opostos na política, mas tenho para mim que a verdadeira democracia é feita de divergências, não de inimizades”.

Marcelo Déda, governador de Sergipe: “Independente de qualquer divergência de ordem política e ideológica, o senador Antonio Carlos Magalhães teve presença extremamente relevante na vida política, especialmente na vida política baiana. O senador foi um político polêmico, de personalidade forte no exercício do poder. Mas, sem dúvida, ele foi um homem que marcou a história política brasileira do século XX”.

Marco Maia (PT-RS), deputado federal: “O senador deixa para o país uma história de luta e resistência. Apesar de ser um parlamentar polêmico, a polêmica sempre foi motivo de debate e reflexão. Essa será sempre a virtude do senador.”

Marco Maciel (DEM-PE), senador: “Não se pode entender a política brasileira nos últimos cinqüenta anos sem inserir a estuante figura de Antônio Carlos Magalhães. Dotado de grande faro político e enorme senso de oportunidade, ACM, como gostava de ser chamado, era antes de tudo um ente coletivo, portador a um só tempo de forte instinto de brasilidade e telúrica paixão pela Bahia, estado que deu notável salto de crescimento em suas administrações.”

Paulo Souto (DEM-BA), senador e presidente do Democratas da Bahia: “É um legado muito importante para o Brasil. Durante a redemocratização, ele ajudou o país a reagir, quando apoiou a candidatura de Tancredo Neves. Isso foi importante para o Brasil, para nós vivermos a democracia que nós vivemos hoje. Ele tinha uma cabeça muito aberta para as transformações e abriu as portas da política para novas lideranças.”

Pedro Simon (PMDB-RS), senador: “O último vulto de uma geração de grandes homens públicos.”.

Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado:  “É uma perda irreparável para o Senado, para o Brasil e todos nós.”.

Roberto Jefferson, presidente do PTB: “Lembro que ele sofreu muito com a perda de seu filho Luiz Eduardo, preparado por ACM para a presidência do Brasil. ACM nunca se reestabeleceu por completo, perdendo muita luz e muita força, acabou sucumbindo à tristeza, à idade e ao estresse. Peço que Nosso Senhor do Bonfim o receba.”

Roberto Requião, governador do Paraná: “Sinto a dor de ter perdido um amigo. Ele foi sempre extremamente leal, um homem que não faltava com a palavra e com os compromissos.”

Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro: “Expresso o meu sentimento de condolências à família do senador Antônio Carlos Magalhães e registro a sua importância política ma história do Brasil contemporâneo. Como senador, durante quatro anos, tive a oportunidade de conviver com essa ilustre personalidade da vida nacional.”

Tasso Jereissati, senador e presidente nacional do PSDB: “É impossível se falar da Bahia, sem se falar de Antonio Carlos Magalhães, da mesma forma que é impossível se falar de política brasileira sem se dedicar um capítulo exclusivo para ACM.”.

Waldir Pires, ministro da Defesa: “O Brasil e o estado da Bahia sabem que tivemos, desde sempre, profundas divergências na atividade e no pensamento político. Neste momento, eu desejo que Deus lhe dê paz, e cumprimento todos os filhos, netos e familiares.”.

Walfrido dos Mares Guia, ministro de Relações Institucionais: “Representa uma perda muito grande, de um homem que por mais de 40 anos ajudou seu estado e seu país. Quando o Brasil ainda era uma ditadura, o senador teve coragem de apoiar a candidatura de Tancredo Neves.”.

Wellington Dias (PT), governador do Piauí: “Independente das divergências políticas que temos, reconhecemos o papel forte dele na influência dos destinos do Brasil durante a sua vida.”.

Senador José Sarney

O ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP) afirmou que “o Brasil perdeu um dos maiores políticos contemporâneos do país” com a morte do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA).

“É um homem que vai fazer falta à política brasileira porque ele tinha um grande espírito público. O senador ACM foi um homem que teve uma presença importante no momento da vida nacional”, disse Sarney.

Segundo o ex-presidente, “ACM foi o construtor da Bahia moderna”. “Ele vai fazer uma grande falta ao Congresso Nacional porque ele era uma voz permanente, de referência”, afirmou o senador do PMDB.

ACM foi ministro das Comunicações no governo Sarney entre 1985 e 1990. “Ele prestou grandes serviços ao país, foi o responsável, naquela época, pelo início do grande projeto de desenvolvimento e transformação dos serviços de comunicação”, disse Sarney.

Para o ex-presidente, “as qualidades de Antonio Carlos Magalhães superavam muito os seus defeitos”. “Ele foi um político de posições muito definidas, muito claras. O Nordeste perde um homem que defendeu suas causas com a maior bravura, com a maior determinação.”

*Com informações do G1 e Globo News.

Funeral do ex-senador Antônio Carlos Peixoto de Magalhães, ocorrido em 21 de julho de 2007.
Funeral do ex-senador Antônio Carlos Peixoto de Magalhães, ocorrido em 21 de julho de 2007.
Funeral do ex-senador Antônio Carlos Peixoto de Magalhães, ocorrido em 21 de julho de 2007.
Funeral do ex-senador Antônio Carlos Peixoto de Magalhães, ocorrido em 21 de julho de 2007.
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