Instituições relembram 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil

Pintura ilustra Dom João VI em audiência no Brasil, em 1808.
Pintura ilustra Dom João VI em audiência no Brasil, em 1808.

Em 2008, uma vasta programação em registro ao Bicentenário da Chegada da Família Real Portuguesa à Bahia trará à cidade o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Secretaria Especial dos Portos, Pedro Brito do Nascimento, além de autoridades portuguesas. As atividades terão início no dia 22 de janeiro quando, há duzentos anos, Dom João, a Família Real e sua Corte desembarcaram em Salvador. Às 9h, haverá o encontro do Navio Veleiro Cisne Branco, com mais de uma dezena de navios da Marinha Brasileira, na Bahia de Todos os Santos. Os navios sairão do Porto de Salvador (Comércio) em direção ao Porto da Barra, onde farão saudações militares ao governador Jaques Wagner e demais autoridades. A população que estiver na balaustrada ou nas areias da Praia do Porto da Barra poderão assistir à exibição da Parada Naval. Às 11h, no Palácio Rio Branco (Praça Municipal), o governador da Bahia e o presidente da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), Carlos Henrique Almeida Custódio, lançarão um Selo Comemorativo à Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.

No dia 28, quando se registra a Abertura dos Portos às Nações Amigas, a Associação Comercial da Bahia receberá o Grupamento de Fuzileiros Navais de Salvador, para uma Cerimônia de arriamento das bandeiras do Brasil, de Portugal e da Bahia, às 18h, exatamente no horário do pôr-do-sol. Logo após, haverá o pronunciamento do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Governador Jacques Wagner e do Ministro Pedro Brito do Nascimento. Mais um selo será lançado em comemoração à Abertura dos Portos e integração do Brasil ao mercado mundial.

Ainda na Associação Comercial (dia 28), haverá o re-lançamento do clássico “Abertura dos Portos no Brasil”, de Pinto de Aguiar, a mais importante obra sobre o tema, publicado pela última vez há 40 anos. A edição especial é prefaciada pela filha do autor, a historiadora Consuelo Novais Sampaio, membro da Academia Baiana de Letras e diretora do Centro de Memória da Fundação Pedro Calmon. Para encerrar o momento, a cantora Inaycira Falcão, apresenta sua música afro-lírica, trazendo a memória africano-brasileira em seu canto, em homenagem aos negros escravizados que desembarcaram dos navios portugueses para construir o Brasil.

UFBA e IGHB

Outras atividades estão sendo previstas ao longo do ano, como as celebrações, em 18 de fevereiro, pelo Bicentenário da Fundação da Escola de Medicina, o primeiro Ensino Superior do Brasil, com uma vasta programação coordenada pela Universidade Federal da Bahia, além de seminários internacionais e lançamentos de livros, organizados pelo Instituto Geográfico e Histórico da Bahia.

“Em tempos de globalização e ampliação do mercado mundial, trazemos a lembrança deste momento de grande importância histórica para o Brasil, que foi a Abertura dos Portos, em 1808. Este Ato foi, portanto, principal responsável por nos colocar diante do mundo enquanto nação de reconhecido potencial comercial”, afirmou o diretor da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, que preside a Comissão Executiva que organiza as comemorações do Bicentenário.

Na História –. Em meio à invasão napoleônica, Portugal corria sério perigo. Por ser aliado da Inglaterra tornou-se alvo das pretensões expansionistas de Napoleão Bonaparte. Transferir a Corte para o Brasil foi a maneira mais segura de manter o trono português. Em 22 de janeiro de 1808, a Família Real chegou a Salvador e em 7 de março do mesmo ano no Rio de Janeiro. Acompanhando a Corte vieram mais de sete mil trabalhadores, dentre marinheiros, carpinteiros, fuzileiros, cozinheiros, e outros profissionais, que povoaram a pequena vila de São Salvador, transformando o cotidiano da Colônia. Com a presença da Família Real, o Brasil presenciou a abertura dos portos às nações amigas, o livre comércio, a implantação de indústrias, a introdução de diferentes hábitos culturais e a criação de importantes instituições como: a Imprensa Régia, o Banco do Brasil, a Biblioteca Real, a Escola Cirúrgica da Bahia, a Real Academia de Belas Artes, o Jardim Botânico, a Real Junta de Arsenais do Exército e a Real Academia Militar.

Comissão

As atividades em comemoração ao Bicentenário serão promovidas pelo Governo Federal, através da CODEBA / Secretaria Especial de Portos; pelo Governo Estadual, através da Empresa Gráfica da Bahia – EGBA, da Casa Civil, das Secretarias Estaduais de Turismo (Setur) e de Cultura (Secult), por meio da Fundação Pedro Calmon; pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Relações Internacionais (Secri), Fundação Gregório de Matos / Secretaria Municipal de Educação e Cultura e a Emtursa; além da Associação Comercial da Bahia, Universidade Federal da Bahia e do Instituto Geográfico.

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