Chávez quer triplicar exportações de petróleo à China

Em declaração publicada pelo jornal estatal China Daily News, Chávez afirmou que no próximo ano as exportações podem aumentar em 500 mil barris por dia e que esse número pode chegar a um milhão em 2012.

O fortalecimento das exportações de petróleo à China fazem parte da ambição de Chávez de reduzir a dependência dos Estados Unidos, principal comprador da energia venezuelana, e forjar laços políticos independentes de Washington.

Em entrevista coletiva à imprensa em Pequim, após encontro com o presidente Hu Jintao, na quarta-feira, Chávez afirmou que a parceria com a China é um investimento.

“Enquanto o mundo entra em um crise energética nós estamos investindo”, afirmou.

Por sua vez, o presidente chinês, Hu Jintao, reforçou o interesse asiático na energia latino-americana.

Segundo o líder, a China tem interesse em aprofundar “todas as fases de integração” da cooperação em petróleo com a Venezuela e encorajar negócios de investimento e estabelecer uma zona de livre comércio, informou o jornal estatal China Daily.

Acordos

Além de aumentar as exportações de petróleo, a Venezuela também deverá montar, em parceria com a China, refinarias para processar o petróleo bruto que vem das Américas.

Chávez afirmou que espera ver os dois países construírem juntos uma frota de quatro super-petroleiros que seriam destinados exclusivamente à rota Venezuela-China.

China e Venezuela também concordaram em aumentar para US$ 12 bilhões o valor destinado a um fundo de investimento soberano que estão desenvolvendo em conjunto.

Essa é a quinta viagem de Chávez à China nos últimos dez anos. Além de se encontrar com o presidente Hu Jintao, Chávez também foi recebido pelo vice-primeiro-ministro Li Keqiang e por Wu Bangguo, figura do alto escalão do Partido Comunista.

Segundo dados da imprensa estatal chinesa, em abril passado as exportações da Petróleos de Venezuela SA estavam em 250 mil barris ao dia e isso corresponde a 4% do consumo da China.

Cooperação militar

A viagem do presidente venezuelano prossegue nesta quinta-feira à Rússia e depois será concluída na Europa.

Essa é a terceira visita a Moscou nos últimos três meses.

Além de discutir assuntos energéticos, Chávez também deverá tratar da intensa cooperação militar que já existe entre os dois países.

Venezuela e Rússia têm um contrato de armas no valor de US$ 4 bilhões e na semana passada um esquadrão da Marinha russa partiu em direção ao mar do Caribe, onde os dois lados participarão de manobras de treinamento em conjunto.

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