O problema do Brasil é o povo brasileiro

O brasileiro diz não gostar de política, mas não sabe explicar por quê
O brasileiro diz não gostar de política, mas não sabe explicar por quê
O brasileiro diz não gostar de política, mas não sabe explicar por quê

Ultimamente virou moda manifestações de protestos acompanhadas da célebre frase: “queremos mudar o Brasil”. Infelizmente não podemos dar crédito a estes supostos manifestantes, porque são estes os mesmos que praticam atos e atitudes de vandalismos e de desrespeito à sociedade, prática esta totalmente contraditória ao seu discurso duvidoso de mudanças.

A falta de bom senso do brasileiro é enorme, seja ele manifestante ou não. Na sua grande maioria, os brasileiros estão sempre cheios de direitos, mas deveres, quase nenhum. Para justificar seus deslizes, sempre dão um jeitinho e a “lei de Gerson” está sempre sendo usada. Não respeitam limites, não reconhecem os direitos dos demais cidadãos e o governo é sempre culpado dos seus insucessos.

Boa parte dos manifestantes, como animais descerebrados, nem sabem sobre o que se trata o movimento e nem por que estão protestando. “O negócio é participar” independente do objetivo, que para uma boa parte se resume em quebrar tudo, pichar, esculhambar, incendiar ônibus e se sentir realizado. Se o protesto é contra a corrupção dos políticos, por que incendiar ônibus que atende, principalmente, às necessidades das classes menos favorecidas? Político não usa ônibus.

Infeliz mente os que dizem querer mudanças em prol de um país melhor, com saúde eficiente, educação de qualidade, segurança, entre outros serviços, são os mesmos que invadem o semáforo, não respeitam as faixas de pedestres, estacionam em lugar proibido, não respeitam filas de portadores de necessidades especiais, entre tantas outras atitudes de quem possui um caráter ínfimo. Na realidade, estes quando acham uma oportunidade de por em prática “o seu lado corrupto”, não pensam duas vezes. Praticam.

O problema do Brasil é o brasileiro, com raras exceções, que se acham com direitos em demasia e não procuram se capacitar, não tem um projeto de vida estruturado, reclamam de tudo e não resolvem nada; acha que a vida se resume em futebol, fofoca, carnaval, cerveja e putaria; não admite a sua própria culpa, sempre estão com a razão. Diz não gostar de política, mas não sabe explicar por quê. Talvez por ser seu universo extremamente individualista e a política, que rege os destinos do povo, essencialmente coletiva.

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Sobre Alberto Peixoto 478 artigos
Antonio Alberto de Oliveira Peixoto, nasceu em Feira de Santana, em 3 de setembro de 1950, é Bacharel em Administração de Empresas pela UNIFACS, e funcionário público lotado na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, atua como articulista do Jornal Grande Bahia, escrevendo semanalmente, é escritor e tem entre as obras publicadas os livros de contos: 'Estórias que Deus Dúvida', 'O Enterro da Sogra, 'Único Espermatozóide', 'Dasdores a Difícil Vida Fácil', participou da coletânea 'Bahia de Todos em Contos', Vol. III, através da editora Òmnira. Também atua como incentivador da cultura nordestina, sendo conselheiro da Fundação Òmnira de Assistência Cultural e Comunitária, realizando atividades em favor de comunidades carentes de Salvador, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus. É Membro da Academia de Letras do Recôncavo (ALER), ocupando a cadeira de número 26. E-mail para contato: reyapeixoto@yahoo.com.br.

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