Exclusiva: senador Ronaldo Caiado fala sobre impeachment, e analisa o envolvimento de nomes da oposição na corrupção identificada na Petrobras através da Lava Jato

Senador Ronaldo Caiado: "a grande maioria de eleitores da Dilma que vão realmente, para as ruas devido a essa insatisfação e essa decepção que eles tiveram com esse início do governo, que além de ter mentido, praticado esse estelionato eleitoral, a sociedade vem hoje ao maior escândalo, e ainda continua sendo o maior escândalo, até porque o HSBC é um braço do processo do Petrolão".
a grande maioria de eleitores da Dilma que vão realmente, para as ruas devido a essa insatisfação e essa decepção que eles tiveram com esse início do governo, que além de ter mentido, praticado esse estelionato eleitoral, a sociedade vem hoje ao maior escândalo, e ainda continua sendo o maior escândalo, até porque o HSBC é um braço do processo do Petrolão".
Senador Ronaldo Caiado: "a grande maioria de eleitores da Dilma que vão realmente, para as ruas devido a essa insatisfação e essa decepção que eles tiveram com esse início do governo, que além de ter mentido, praticado esse estelionato eleitoral, a sociedade vem hoje ao maior escândalo, e ainda continua sendo o maior escândalo, até porque o HSBC é um braço do processo do Petrolão".
Senador Ronaldo Caiado: “a grande maioria de eleitores da Dilma que vão realmente, para as ruas devido a essa insatisfação e essa decepção que eles tiveram com esse início do governo, que além de ter mentido, praticado esse estelionato eleitoral, a sociedade vem hoje ao maior escândalo, e ainda continua sendo o maior escândalo, até porque o HSBC é um braço do processo do Petrolão”.

O senador Ronaldo Caiado (DEM/GO), em visita a Feira de Santana, no sábado (21/02/2015), concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Grande Bahia. Na oportunidade, o senador comentou sobre os desdobramentos políticos da operação Lava Jato, e o possível envolvimento de nomes da oposição nos atos de corrupção praticados na Petrobras.

No transcurso das investigações da operação Lava Jato, e no subsequente julgamento presidido pelo magistrado Sérgio Moro, foi identificado um dos maiores casos de corrupção do mundo, envolvendo a Petrobras, grupos econômicos privados, executivos, servidores e agentes públicos, além de políticos com mandato.

Confira a entrevista

Jornal Grande Bahia – Senador, o jornal tem acompanhado e publicado reportagens sobre os desdobramentos da operação Lava Jato. O jornal, a princípio, avaliou que era o maior caso de corrupção do planeta, agora perde para o caso SwissLeaks (HSBC). A Pergunta que lhe faço: estando no Congresso Nacional, como o senhor avalia a situação política neste momento?

Ronaldo Caiado – O momento é delicado. A sociedade brasileira vive um momento de indignação, revolta, decepção com um governo que traiu a esperança de um povo, que desenhou uma realidade, e depois de 30 dias de eleita está entregando uma outra realidade para o povo. Aumentando taxa de juros, aumentando carga tributária, impostos, aumentando o preço da gasolina, preço de energia elétrica, retirando direitos trabalhistas… tudo aquilo que ela negava veementemente em todos os debates que ela participou. Me lembro bem quando ela dizia do aumento da taxa de juros, ela dizia que o candidato da oposição iria tirar comida da mesa do brasileiro e entregar pros banqueiros.

Quer dizer, a primeira coisa que ela fez foi exatamente aumentar os impostos, aumentar a taxa de juros… então essa decepção teve um reflexo imediato que foi a reação da população, que nós vamos mensurar essa extensão deste processo no dia 15 de março, aonde a grande maioria dos brasileiros e eu diria para você, a grande maioria de eleitores da Dilma que vão realmente, para as ruas devido a essa insatisfação e essa decepção que eles tiveram com esse início do governo, que além de ter mentido, praticado esse estelionato eleitoral, a sociedade vem hoje ao maior escândalo, e ainda continua sendo o maior escândalo, até porque o HSBC é um braço do processo do Petrolão. É logico que vamos achar lá também o BNDES, vamos achar também Eletrobrás, vamos achar também os fundos de pensão, a Caixa Econômica Federal, enfim… serão vários que nesse processo de total prostituição da pratica política no brasil, as pessoas se utilizaram para quebrar as empresas públicas, se enriquecer ou utiliza-la em forma de caixa dois.

JGB – O Jornal noticiou, recentemente, que existe um movimento por pessoas ligadas ao governo de tentar descredibilizar o processo em curso no Paraná, que tem a magistratura do juiz Sérgio Moro. Como o senhor avalia este movimento?

Ronaldo Caiado – Acho que vai ser um tiro na água, vai ser mais uma frustração que esse governo vai sofrer. Porque o juiz Sérgio Moro, ele não só pelo conhecimento jurídico que tem como a experiência que ele hoje adquiriu com todo esse processo e com a especialização que ele fez da utilização de desvio de verba de dinheiro do governo como também pela aplicação de caixa dois, ele teve todo cuidado para elaborar todos os procedimentos, ele não cometeu nenhuma falha, ele não quebrou nenhuma das etapas para que ele pudesse amanhã chegar aonde chegou e avançar ainda mais.

Então as pessoas que estão apostando nesse insucesso, vão quebrar a cara e vão realmente perder muito, porque esse quadro como eles está sendo mapeado e está sendo guiado pelo juiz federal Sérgio Moro, ele vai ser conclusivo e vai ser terminativo até a definição do dinheiro que foi desviado e pra onde foi.

JGB – Segundo levantamento do jornal, na lista dos possíveis 42 nomes que serão apresentados no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República (PGR), também existem alguns nomes da oposição. O senhor, como um dos líderes da oposição, como avalia este cenário?

Ronaldo Caiado – Em primeiro lugar, todo e qualquer nome que for citado não pode ser tratado separadamente, todos têm que ser tratados de uma maneira igualitária, assim é a democracia, assim é o direito do transitado julgado, assim é o direito de defesa de todo e qualquer cidadão. Seja ele do PT, seja ele de um partido da oposição como você cita, todos eles terão o direito de se explicar. Agora não se faz julgamento inquisitivo, não se prejulga ninguém. As denúncias foram feitas pelos delatores que compõe o processo de corrupção montado dentro do PT, foram eles que disseram.

Não fomos nós, não foram os jornalistas, então isso ninguém inventou, essas informações vieram daqueles que são diretores indicados do PT, empresários que convivem com o PT e que realmente resolveram, para que não se transformassem em mais um Marcos Valério ficando apenas ele responsável por todo o problema do mensalão, eles utilizaram da ferramenta da delação premiada e estão realmente relatando, nominando e listando todos aqueles que se beneficiaram e que montaram essa estratégia que é um mensalão mais aprofundado, ou seja com maior poder de desfalcar a quarta maior empresa do mundo que era a Petrobrás e destruí-la quase que completamente.

 Então seja quem for, o tratamento é único, a lei ela não tem valor ponderal, ela não tem um peso pra A e um peso pra B. E todos que estiverem citados terão um tempo para provar se são ou não realmente culpados, a regra já está muito bem definida pela lei, ninguém vai ter que inventar tramitação de como julgar aqueles que procederam incorretamente.

JGB – O senhor citou vários elementos de um processo de incremento inflacionário por conta de tarifas controladas. Ao mesmo tempo, a operação Lava Jato terminou desarticulando parte do empresariado brasileiro responsável pela condução de inúmeras obras de grande porte no país, o que tem gerado desemprego. Ou seja, a análise preliminar dos dados aponta para um processo de desaceleração econômica com substantiva perda do emprego. Como a oposição avalia este quadro e se a oposição pretende apenas ter um discurso, ou pretende apontar caminhos para que a classe trabalhadora pague o preço da corrupção e da inépcia na gestão do país?

Ronaldo Caiado – Bom, você sabe, vamos ser bem objetivos, apresentar saídas ou alternativas, sim. Mas você sabe que no regime presidencialista essa é uma decisão muito monocrática e que cabe ao presidente da república ou a presidente da república. E a presidente da república é uma pessoa totalmente insensível e despreparada para governar, tanto é que o que ela se dizia especialista na área de economia, desculpa, na área de energia nós estamos assistindo ai o maior desastre que ocorreu na Petrobrás e ela foi presidente do conselho.

 Na área de energia elétrica, por exemplo, você viu que dado ao populismo dela em querer oferecer para a população energia mais barato, hoje a energia tem um aumento de 83%. Se o processo de corrupção teve o braço lá do governo, e assim os delatores afirmam, que o processo não foi montado por assessores subalternos mas sim, pela cúpula do PT, exatamente pelo presidente Lula e pela presidente Dilma, se as citações são nominais, elas terão que se explicar.

A tese, essa tese não prevalece, se as pessoas que foram condenadas ou que estão envolvidas poderão provocar uma parada ou uma interrupção nas grandes obras nacionais, não é motivo para que o cidadão possa praticar o ilícito. O cidadão não pode dizer “olha, eu não posso ser preso, porque se eu for preso eu vou parar as obras”. Onde é que estão as regras?! Quer dizer que existe uma lei, então que vai punir o cidadão que é pequeno empresário?!

Agora tem uma lei, “ah não pode ser aplicada pro grande, porque se for pro grande realmente pode parar as obras no Brasil”, então realmente essa tese não tem a menor procedência e não é assim que se trabalha num regime democrático, onde as leis têm que ser aplicadas para todos.

JGB – O senhor acredita na possibilidade de impeachment?

Ronaldo Caiado – É importante que possamos esclarecer a todos os leitores, o impeachment existe na constituição e na legislação de todos os países que são democráticos. Impeachment não é palavrão, impeachment é estado democrático de direito, é uma ferramenta utilizada quando o gestor comete crime de responsabilidade. Então se comprovado todos as denúncias que os delatores estão fazendo, se essas denúncias têm procedência a abertura do processo é altamente positiva já que a democracia não pode jogar para de baixo do tapete, escândalos desse montante ou dessa ordem.

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10803 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.

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