Análise toxicológica integra primeira política pública de prevenção ao uso de drogas por motoristas desde entrada em vigor do novo Código de Trânsito Brasileiro, CTB, em 1998; congresso “O uso da tecnologia para promover segurança nas estradas, a experiência do Brasil” reúne especialistas, autoridades e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Um exame obrigatório para os motoristas brasileiros tem ajudado a combater o uso de substâncias proibidas durante a direção de veículos. A declaração é do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro, Itts.
O exame toxicológico para profissionais das categorias C, D e E, de condução completou dois anos em março. A obrigatoriedade é prevista pela Lei Federal 13.103/15.
Uso de drogas
De acordo com o Itts, a análise em laboratório é parte da primeira política pública de prevenção ao uso de drogas desde a entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro, e teria ajudado a remover mais de 1 milhão de motoristas que abusam de substâncias das ruas do país.
Para marcar o aniversário, a instituição organiza na sede da ONU, nesta sexta-feira, um evento com o apoio da Missão do Brasil junto às Nações Unidas. Participam o embaixador Mauro Vieira, autoridades brasileiras como o deputado federal do Rio de Janeiro, Hugo Leal, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O congresso “O uso da tecnologia para promover a segurança nas estradas, a experiência brasileira” será aberto pelo presidente do Itts, Márcio Liberbaum. Discursam também o diretor do Denatran, Maurício Alves, e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias.
Caminhões
Durante o evento, serão apresentados o número de mortos e feridos nas estradas brasileiras durante os primeiros 24 meses desde a entrada em vigor da lei. Os organizadores afirmam que com a nova lei e a obrigatoriedade do exame, o número de acidentes com caminhões em rodovias federais teria baixado em 38%.
Numa recente entrevista à ONU News, o deputado Hugo Leal, que preside a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, afirmou que o Brasil ainda tem um caminho a percorrer para combater com mais eficiência as mortes em suas rodovias.
Dados do Observatório Nacional de Segurança Viária revelam que mais de 40 mil pessoas perdem a vida nas estradas brasileiras todos os anos.