No município de Feira de Santana, a crise humanitária que assola as famílias de venezuelanos em situação de vulnerabilidade tem recebido uma atenção especial por parte da Prefeitura. Entre janeiro e agosto de 2023, mais de R$ 70 mil foram aplicados em assistência a 20 famílias desse grupo, segundo dados fornecidos pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Sedeso).
As ações de auxílio incluem acompanhamento socioassistencial, assistência à saúde e educação. Vinte famílias estão inclusas em um plano de ação resultante de um diagnóstico feito em 2021, beneficiando-as com recursos provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social. As demais famílias, que chegaram após esse levantamento, também recebem suporte.
Os recursos, administrados pela Sedeso, totalizam R$ 73.288,77 e englobam a distribuição de cestas básicas, itens de higiene pessoal, cobertores, redes, lençóis, toalhas de banho, materiais de limpeza, além do pagamento de alugueis. Dez das famílias atendidas pelo plano de ação são assistidas pelo Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) da Queimadinha, nove no CRAS da Mangabeira, e uma pelo CRAS do Jardim Acácia.
Durante o período mencionado, foram distribuídas 237 cestas básicas, 366 quilos de frango inteiro (além de outras proteínas como peixes e ovos), 51 colchões de solteiro, 61 cobertores de solteiro, 15 redes e 290 pacotes de fraldas nos tamanhos M e G.
O auxílio não se restringe apenas aos itens mencionados. A Prefeitura também implementou o benefício moradia (Aluguel Social) para oito famílias acompanhadas pelo CRAS da Mangabeira. Contudo, alguns entraves têm surgido, como problemas nas contas bancárias e divergências nos contratos de aluguel, sendo dois casos ainda sem solução.
Denilton Brito, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, destaca o comprometimento do Município com a assistência social, especialmente para as famílias em situação de vulnerabilidade, incluindo os migrantes venezuelanos. O plano de ação teve início no segundo semestre de 2022, mas desde 2020 as famílias de venezuelanos já eram acompanhadas pela rede socioassistencial.
Além disso, a equipe do Consultório de Rua, vinculado à Prefeitura, tem prestado assistência não apenas aos venezuelanos, mas também a outras pessoas em situação de vulnerabilidade que necessitam de acompanhamento de saúde. O serviço é viabilizado pelas equipes de Abordagem Social, que identificam e atendem às necessidades desses grupos.
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