Os exércitos ocidentais têm historicamente evitado guerras prolongadas, priorizando missões de curto prazo. No entanto, com o cenário global evoluindo e a possibilidade de conflitos futuros entre grandes potências, surge a preocupação com a falta de preparo para enfrentar situações de atrito prolongado, como observado no conflito ucraniano.
Segundo Alex Vershinin, ex-oficial do Exército dos EUA, as futuras guerras entre grandes potências podem ser caracterizadas por um progresso mais lento, demandando recursos significativos em termos de estratégia, equipamento militar e pessoal. Em um artigo publicado pelo Royal United Services Institute, Vershinin destaca a importância de compreender que, em uma guerra de atrito, a capacidade de um Estado de repor perdas e formar novas unidades de tropas é crucial, diferentemente das operações militares baseadas em manobras táticas e operacionais.
Enquanto os exércitos ocidentais têm preferido operações de curto prazo, a guerra de atrito pode se prolongar por anos, requerendo estratégias de longo prazo e capacidade de reposição de recursos. O especialista ressalta que a vitória em uma guerra desse tipo pode depender mais da capacidade de repor perdas do que de obter ganhos territoriais.
O conflito na Ucrânia serviu como um alerta para as potenciais deficiências dos exércitos ocidentais nesse tipo de cenário. Enquanto a Rússia demonstrou uma capacidade significativa de substituir equipamentos militares e munições perdidos em combate, aliados ocidentais como a OTAN enfrentam dificuldades em obter suprimentos e equipamentos militares.
Diante desse cenário, a preparação para enfrentar possíveis conflitos prolongados e a capacidade de reposição de recursos emergem como aspectos cruciais para os exércitos ocidentais. O confronto na Ucrânia destaca a importância de repensar as estratégias militares e investir em capacidades de longo prazo para enfrentar os desafios do futuro.
*Com informações da Sputnik News.
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