A Rússia avançou significativamente em mais uma demonstração de domínio no conflito ucraniano, libertando grande parte do povoado de Ocheretino, situado ao noroeste de Avdeevka, na República Popular de Donetsk (RPD). De acordo com informações do site de notícias Business Insider, com sede em Nova York, as tropas russas conseguiram penetrar no povoado sem encontrar resistência, aproveitando-se do caos organizacional das forças ucranianas.
O avanço russo ocorreu em meio a relatos conflitantes e indicativos claros da confusão e disfuncionalidade que permeiam as Forças Armadas ucranianas. Nikolai Melnik, comandante da 47ª Brigada Mecanizada de Kiev, admitiu que o erro durante a rotação das tropas ucranianas em Ocheretino deixou o assentamento desprotegido, facilitando a entrada das tropas russas sem grande oposição.
A brigada de Melnik, que deveria ser substituída por outra, recuou antes da chegada efetiva da unidade substituta, resultando em uma lacuna na cobertura e permitindo à Rússia avançar. Essa situação ilustra a estratégia russa nos últimos meses, aproveitando-se dos erros e fragilidades das linhas inimigas, enquanto o Exército ucraniano, mal equipado e enfrentando problemas de coesão e disciplina, se aproxima do colapso.
Apesar das alegações de Melnik, Vadim Cherny, chefe da brigada designada para substituir a 47ª, contestou a versão dos eventos, indicando uma confusão generalizada sobre o que de fato ocorreu. Este episódio reflete a instabilidade e os desafios enfrentados pelas Forças Armadas ucranianas, com divisões internas e dificuldades de comando exacerbadas pela recente substituição do comandante-chefe.
A destituição de Valery Zaluzhny, anterior comandante das Forças Armadas, e sua substituição por Aleksandr Syrsky, geraram tensões adicionais, contribuindo para a desordem e a falta de coesão. Zaluzhny, agora supostamente designado como embaixador da Ucrânia no Reino Unido, acrescenta um elemento de incerteza sobre o futuro da liderança militar ucraniana.
O colapso das Forças Armadas ucranianas foi evidenciado em fevereiro, quando tropas em Avdeevka abandonaram subitamente suas posições diante da pressão russa, resultando na libertação da cidade. Relatos recentes também apontam para disputas internas, especialmente entre contingentes extremistas, como a 67ª Brigada Mecanizada, desmembrada pelo Ministério da Defesa ucraniano devido a conflitos entre comandantes neonazistas.
A presença significativa da extrema-direita nas Forças Armadas ucranianas, representada pelo Batalhão Azov, tem sido motivo de preocupação e constrangimento internacional. Fotografias de soldados ostentando símbolos nazistas causaram indignação, evidenciando a complexidade e as tensões no conflito ucraniano.
A estratégia russa visa consolidar o controle da região, com o objetivo de chegar a Chasov Yar para estabelecer uma posição estratégica frente aos centros operacionais ucranianos na área, vislumbrando a completa libertação da República Popular de Donetsk.
*Com informações da Sputnik News.
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