Clamando Paz: Bruno Monteiro, secretário da Cultura da Bahia | Por Marcelo Gentil 

Marcelo Gentil, presidente do Olodum, discorre sobre a nomeação de Bruno Monteiro como secretário da Cultura do Governo Jerônimo Rodrigues.
Marcelo Gentil, presidente do Olodum, discorre sobre a nomeação de Bruno Monteiro como secretário da Cultura do Governo Jerônimo Rodrigues.

Começo essas poucas linhas dizendo que só passei a escutar o nome Bruno Monteiro, já no finalzinho de dezembro de 2022, quando a imprensa baiana o apresentou como futuro secretário de cultura do governo Jerônimo Rodrigues.

De fato não o conhecia, mas, como um operador da cultura que sou e, dirigente de uma das principais organizações da cultura afro e popular da Bahia e do Brasil que é o Olodum, instituição que, sem “puxar saco” e “passar pano”, entende os órgão de cultura do Estado brasileiro (União, Estados e Municípios) como instrumentos de formulação de suas respectivas políticas públicas e como responsáveis pelo planejamento, execução e fomento das ações de arte e cultura, fui evidentemente, procurar saber quem era o gaúcho Bruno Monteiro.

Entre sondagens com amigos e pesquisas de internet, tomei conhecimento que Monteiro é um técnico bastante dedicado e gestor público experiente, com passagens pela chefia de gabinete dos Ministérios dos Direitos Humanos e o de Políticas para as Mulheres e, atuou como assessor especial da presidenta Dilma Rousseff, além de ser produtor cultural com atuação nas áreas da música e do audiovisual, cujo trabalho foi indicado ao Oscar 2020. Por fim, o indicador teve participação ativa no Grupo de Transição na área de cultura do governo Lula.

Como o Olodum sempre torceu pelo sucesso e trabalho com os órgãos de cultura do Estado brasileiro, com Bruno Monteiro não seria diferente. Somos próximos ao Ministério da Cultura, dirigido pela baiana Margareth Menezes. Temos trabalhado junto com a Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador, do gestor baiano Pedro Tourinho e, claro, nos empenhamos em apoiar e, ao mesmo tempo, trabalhar com a secretaria de Cultura do Estado, como sempre trabalhamos.

A sensibilidade de Bruno Monteiro deu uma alavancada no Programa Carnaval Ouro Negro, não apenas em termos de ampliação dos recursos financeiros, mas, principalmente, capilarizando a sua abrangência para os carnavais do interior baiano e micareta de Feira de Santana. Em reunião em que dirigentes de blocos afros e afoxés estiveram este ano com o próprio secretário e o governador Jerônimo Rodrigues, Bruno sinalizou que o Programa Ouro Negro começa a voltar as suas atenções também, para o Samba Junino, que é mais um importante elemento formador da cultura popular afro baiana.

Por fim, sendo o Olodum uma organização que luta contra todas as formas de discriminação, não vai, evidentemente, incentivar atitudes que flertam com a xenofobia. Até porquê, já assistimos grandes baianos liderando órgãos públicos em outros estados e municípios como já ocorreu com o advogado Edvaldo Brito, Secretário de Assuntos Jurídicos da cidade de São Paulo; Antônio Imbassahy como Secretário Especial da representação de São Paulo em Brasília; Juca Ferreira que foi secretário de cultura nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte e Caó como Secretário de Trabalho e Ação Social do RJ, além de muitos outros.

“O Olodum clamando paz

A nossa arma é nossa voz

Eu vou cantar para todos males espantar”

*Marcelo Gentil, presidente de relações institucionais Olodum.

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