A plataforma de redes sociais X comunicou oficialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira (26/04/2024) que perfis submetidos a bloqueios por determinação do ministro Alexandre de Moraes estão tentando contornar as ordens judiciais e as regras da própria plataforma.
O alerta foi emitido em uma manifestação enviada ao STF pelo escritório de advocacia representante do X no Brasil, após Alexandre de Moraes solicitar esclarecimentos sobre um relatório que indicava que usuários investigados continuavam realizando transmissões ao vivo e interagindo com usuários brasileiros na rede social.
De acordo com a plataforma, os usuários em questão estão tentando burlar as medidas de bloqueio e segurança implementadas pela plataforma. Um dos nomes citados como violador dessas medidas é o jornalista Allan dos Santos, que se mudou para os Estados Unidos após o início das investigações no Brasil pelo STF.
“A partir do bloqueio de suas contas, esses indivíduos adotaram diferentes estratégias para desafiar as ordens de bloqueio e as regras da plataforma, criando novas contas e explorando vulnerabilidades sistêmicas para continuar suas atividades”, afirmou o X.
Além disso, a rede social esclareceu que acessos a contas de outros investigados ocorreram devido a falhas temporárias e não representam um descumprimento das ordens do STF. “A discrepância observada foi resultado de um problema técnico isolado, sem intenção das operadoras do X de contornar ou desrespeitar as decisões judiciais vigentes”, explicou a plataforma.
No relatório enviado na semana anterior pela Polícia Federal ao ministro Alexandre de Moraes, os investigadores mencionaram postagens e transmissões realizadas por usuários investigados no inquérito sobre milícias digitais que residem nos Estados Unidos, como os jornalistas Allan dos Santos e Rodrigo Constantino, e o empresário Paulo Figueiredo.
Conforme o levantamento feito pela PF no início deste mês, foi possível acessar do Brasil as transmissões realizadas pelos usuários e seguir os perfis bloqueados. Na análise da PF, os investigados continuam realizando transmissões e postagens fora do Brasil, com ataques ao ministro e disseminação de informações falsas.
*Com informações da Agência Brasil.
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