Foi noticiado em um dos veículos de comunicação de maior audiência neste país que, segundo o TSE, mais da metade dos eleitores brasileiros não completaram o ensino fundamental. O Tribunal Superior Eleitoral afirma, ainda, que mais de 6% são analfabetos e só 3% têm formação universitária. No nordeste – a tragédia ainda é maior – está concentrado o maior percentual de eleitores com o mínimo de escolaridade, ou seja: 70% não completaram o ensino fundamental.
Isto não é novidade. Segundo os institutos de pesquisas, uma pessoa para ser considerada alfabetizada, não só é necessário ler e escrever corretamente como também ter senso crítico, ou seja, capacidade de emitir um comentário ou criticar. Talvez em decorrência deste critério, os resultados das pesquisas nos revelam que algo em torno de 85% dos brasileiros são analfabetos ou semi-analfabetos, 16,30 milhões são totalmente analfabetos – sem a mínima condição de ler ou escrever sequer um simples bilhete – e 18,5% dos adolescentes entre 15 a 17 anos, não frequentam escola.
É preciso que haja investimentos maciços em educação neste país, principalmente no ensino público que agoniza a cada dia. É necessário que atitudes urgentes sejam tomadas com relação à recuperação não só da estrutura física das escolas, como também, na qualidade do ensino. Projetos deveriam ser criados para estimular os alunos a gostar de estudar e assim mudar uma perversa visão que eles tem da escola, como sendo um local de punição. Também se faz necessário reestudar os salários dos professores, que deveriam ser federalizados.
Concluímos, então, que os administradores do ensino neste país, principalmente no setor público, não leva muito a sério a educação que é o grande propulsor de qualquer nação. Como já foi dito por Monteiro Lobato (1882 – 1948), um dos mais influentes escritores brasileiro do século XX: “um país se faz com homens e livros”. Claro que com homens comprometidos através da cultura e da educação em mudar, qualitativamente, a estrutura do ensino no país.
Alberto Peixoto
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