Deputada que integra base petista reivindica cargo no governo do Democrata Tarcízio Pimenta

Já se tornou corriqueiro circular no meio da imprensa notícias em que políticos se apresentam de forma despudorada a fazer exigências na qual têm como objetivo se locupletar em cargos públicos visando se apropriar dos elevados salários para beneficiar os seus parentes, e também utilizar o cargo como moeda de troca na distribuição de favores que são permutados pelos votos dos cidadãos incautos, o que acaba garantindo a estes políticos a sua constante permanência no poder.

Em Feira de Santana, esta prática é muito comum e vista por alguns com certa naturalidade e considerável grau de tolerância. Agora mesmo, um caso tem sido alvo das atenções da população é a postura adotada por Eliana Boaventura (PP), que por questão de acordo partidário existente entre a sua agremiação política e o governador Jaques Wagner (PT) resultou que ela deixasse a suplência e ascendesse ao cargo de deputada. Não satisfeita com atual situação, em nome do seu partido, ela argumenta estar no direito de exigir que o prefeito Tarcízio Pimenta (DEM) cumpra acordo feito durante a campanha e disponibilize uma secretaria para ser ocupado por um membro do seu partido, que segundo alega, ajudou a eleger o prefeito. Com esta tomada de atitude, ela procura matar dois coelhos com uma só cajadada.

Fica evidenciado que com este tipo de cobrança o político demonstra o desprezo e o pouco apreço para com a democracia, o voto não mais pertence ao cidadão e sim, a agrupamentos políticos que acabam utilizando inapropriadamente de algo que não lhe pertence para fazer cobranças nas quais beneficiam, cada vez mais, um seleto grupo de privilegiados. Privilegiados que procuram com estes comportamentos desconstruir o conceito democracia: doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição eqüitativa do poder, ou seja, regime de governo que se caracteriza, em essência, pela liberdade do ato eleitoral, pela divisão dos poderes e pelo controle da autoridade.

Mas as cobranças não param por aí, há indícios de que alguns vereadores insatisfeitos reivindicam também algumas secretarias. O que se pode resumir desta selvagem luta e sede na busca de cargos é que existe muito cacique para poucos índios. Se cuida Pimenta!

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10954 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.

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