A cobertura das viagens do presidente Barack Obama custaram à imprensa americana cerca de US$ 18 milhões no ano passado, e as organizações de notícias vêem na eliminação dessas viagens uma nova forma de reduzir custos, informou o New York Times.
Os cortes nos voos privados cheios de repórteres — nos quais a reserva para uma pessoa custa US$ 2 mil para viagens domésticas e milhares de dólares em trajetos internacionais — começaram no fim do governo George Bush e se intensificaram nos 16 meses da administração Obama, especialmente no último trimestre, afirma Brian Stelter na matéria do New York Times.
Somente uma dezena de jornalistas voa com Obama no avião presidencial, tomando notas e fazendo fotos depois compartilhadas com jornalistas credenciados pela Casa Branca. Os meios de comunicação costumam organizar votações para decidir se contratam um voo privado para transportar seus repórteres, mas ultimamente tem sido difícil conseguir maioria, e muitos jornalistas terminam se virando sozinhos para acompanhar o presidente.
“Há uma preocupação crescente entre os jornalistas do setor de que o resultado de todos esses cortes seja menos reportagens sobre o presidente, com um número cada vez menor de fontes”, diz Stelter. “No lugar delas, talvez por casualidade, aparecem mais opiniões. Isso significa que os cidadãos continuarão ouvindo e vendo o presidente constantemente, mas com menos dados disponíveis.”
Saiba +
Como Obama se mantém ocupado no avião presidencial (em inglês) (Washington Post)
Pedidos da imprensa no Air Force One (em inglês, fevereiro de 2009) (The Swamp—Chicago Tribune)
A bordo do Air Force One pela primeira vez (em inglês) (The New York Times)
*Com informações do Centro Knight
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