A arte pede socorro

Praça da Bandeira - Feira de Santana. Obra do escultor, pintor e xilogravador Juraci Dórea.
Praça da Bandeira – Feira de Santana. Obra do escultor, pintor e xilogravador Juraci Dórea.

Esta falta de apoio político faz com que muitos dos nossos artistas fiquem fora do cenário cultural, pois, para mostrarem seus trabalhos tem que passar por humilhações e aceitarem as migalhas que lhes são oferecidas…

Em um rápido bate papo com minha amiga Suely Albuquerque, através de sua indignação com o descaso pelos que deveriam implementar a arte e a cultura de nossa cidade e não o fazem, ou fazem de forma equivocada, pude perceber o quanto o artista feirense é aviltado pelos gestores da “Cidade Princesa”. Para melhor entendimento do leitor, transcrevo as palavras da jovem senhora, que demonstra o quanto está indignada.

“Feira de Santana, maior cidade do interior da Bahia com mais de 500 mil habitantes, cognominada por artistas e figuras ilustres de Princesa do Sertão, Cidade Formosa e Bendita, Cidade Escola, Porta Áurea da Bahia, tem hoje dezenas de excelentes artistas no ramo da música, teatro, poesia, artes plásticas. Alguns com destaques internacionais como Juraci Dórea, mas, que não são valorizados nesta terra. Por falta de apoio político não conseguem se projetar nem aqui nem lá fora.

A arte hoje virou meio de vida para alguns “empresários” que elegem e fabricam artistas com o único propósito de ganhar dinheiro e os governantes fazem festas exclusivamente com eles. Esta falta de apoio político faz com que muitos dos nossos artistas fiquem fora do cenário cultural, pois, para mostrarem seus trabalhos tem que passar por humilhações e aceitarem as migalhas que lhes são oferecidas que não cobrem, sequer, as despesas das poucas apresentações que fazem em palcos secundários com um som de péssima qualidade. No entanto, aos “artistas” de fora pagam cachês milionários.

Senhores políticos, toda cidade deve ter interesse em mostrar o que tem de bom em belezas naturais, na arte, ou mesmo na própria política! São vocês os nossos representantes. Pensem nisso. Contratem nossos artistas, deem a eles a oportunidade que esperam e merecem. Feira de Santana só tem a ganhar!”

*Por Suely Albuquerque.

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Sobre Alberto Peixoto 478 artigos
Antonio Alberto de Oliveira Peixoto, nasceu em Feira de Santana, em 3 de setembro de 1950, é Bacharel em Administração de Empresas pela UNIFACS, e funcionário público lotado na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, atua como articulista do Jornal Grande Bahia, escrevendo semanalmente, é escritor e tem entre as obras publicadas os livros de contos: 'Estórias que Deus Dúvida', 'O Enterro da Sogra, 'Único Espermatozóide', 'Dasdores a Difícil Vida Fácil', participou da coletânea 'Bahia de Todos em Contos', Vol. III, através da editora Òmnira. Também atua como incentivador da cultura nordestina, sendo conselheiro da Fundação Òmnira de Assistência Cultural e Comunitária, realizando atividades em favor de comunidades carentes de Salvador, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus. É Membro da Academia de Letras do Recôncavo (ALER), ocupando a cadeira de número 26. E-mail para contato: reyapeixoto@yahoo.com.br.

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