Governador da Bahia, Jaques Wagner, defende a construção da Ferrovia Oeste-Leste e Porto Sul

O governador da Bahia, Jaques Wagner, conclama toda a população baiana, em especial a do interior do estado, como os moradores dos municípios de Ilhéus, Itacaré, Luís Eduardo, Barreiras, e a classe empresarial, para se unir em “torno dessa grande obra que é a maior das últimas décadas em termo de logística porque ela será praticamente a redenção da produção do oeste baiano e trará também ao longo dos seus 1,1 mil quilômetros de ferrovia, muitas novidades, muitas novas empresas e projetos agrícolas”.

Edmundo – Governador, eu queria que o senhor falasse um pouco sobre a visita do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na última sexta-feira.

Wagner – Na verdade ele fez uma abordagem sobre a questão da dengue, o lançamento da Campanha Nacional da Dengue. Eu quero, mais uma vez, pedir a participação de todos, da classe política, da sociedade, porque a dengue se combate com consciência. É preciso evitar o acúmulo de água, é preciso evitar o acúmulo de lixo de tal forma que o mosquito não se prolifere. Então, ele veio porque a campanha está sendo lançada nacionalmente e nós aqui da Bahia temos que trabalhar para evitar que qualquer surto possa vir. Graças a Deus em janeiro o número já foi menor do que janeiro de 2010, mas é preciso trabalhar mais para não termos problemas durante 2011. Ele inaugurou também uma Farmácia Popular, inaugurou o prédio da Unasus – a Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde – para formação de profissionais para a saúde pública baiana e brasileira, e também falou sobre o programa de doações. E aqui eu também lembro a todos os baianos que o ato de doar sangue ou de doar órgãos é um ato de amor à vida que pode resgatar a vida de uma pessoa quando um órgão desse é autorizado pela família o seu transplante. Então, eu acho que foi uma boa visita, o ministro é um amigo nosso, e nós vamos trabalhar muito para oferecer cada dia mais saúde para o povo baiano.

Edmundo – Na abertura dos trabalhos na Assembléia Legislativa, o senhor defendeu investimentos em infraestrutura, como a Ferrovia Oeste Leste e o Complexo Intermodal do Porto Sul. Por que é importante que a sociedade abrace essas iniciativas?

Wagner – Olha, todas as obras de infraestrutura são fundamentais, mas eu queria destacar a construção da nossa Ferrovia Oeste-Leste. Sonho de décadas, sonhado por muitos baianos, que, ao final, terá no Oceano Atlântico, entre Ilhéus e Itacaré, o nosso sistema de porto e aeroporto chamado Porto Sul, o Complexo Logístico do Porto Sul. E, em relação a essa obra, eu chamo a atenção que foi uma conquista decidida pelo Presidente Lula, um investimento de R$4 bilhões, R$5 bilhões. São 1,1 mil quilômetros de ferrovia, a ferrovia já está sendo construída e é preciso que não só o povo de Ilhéus, mas o povo da Bahia – de Luís Eduardo, de Barreiras – de todo o interior do estado, toda classe empresarial, se una em torno dessa grande obra que é a maior obra das últimas décadas em termo de logística porque ela será praticamente a redenção da produção do oeste baiano e trará também ao longo dos seus 1,1 mil quilômetros muitas novidades, muitas novas empresas e projetos agrícolas. O porto vai sanar uma dificuldade que hoje a Bahia tem: o Porto de Aratu não responde à toda necessidade que nós temos. E portanto, a costa baiana ganhará mais um porto e um outro aeroporto para atender a parte de turismo.

Edmundo –  E a questão ambiental, governador, também está sendo observada?

Wagner – Edmundo, hoje não há ninguém – nem empresário, nem dirigente político, nem gestor – que vá fazer qualquer obra sem atentar para a questão da sustentabilidade. Eu tenho dito que o mundo hoje entende a preocupação com a questão ambiental, ao mesmo tempo em que entende a preocupação com a sustentabilidade social. Quer dizer: o desenvolvimento tem que vir para gerar riqueza e emprego para nossa gente. Esse desenvolvimento tem que vir respeitando o meio ambiente. Eu acho que às vezes alguns têm uma visão muito restrita da questão ambiental e acham que tudo é intocável. Eu não. Eu entendo que é possível encontrar o caminho do equilíbrio entre geração de emprego, desenvolvimentos econômico e social e sustentabilidade ambiental. E foi isso que a gente fez no traçado da ferrovia, foi isso que a gente fez na escolha do local do Porto Sul. Foram estudados durante um ano e meio sete pontos diferentes em torno de Ilhéus – já que o traçado da ferrovia chega naquela região – e finalmente escolhemos o ponto que foi avaliado como de menor impacto ambiental.

Edmundo – E é bom que se diga que isso vale para qualquer empreendimento.

Wagner  Você não constrói um prédio, uma ferrovia, um novo aeroporto sem ter que mexer no meio ambiente. Mas tudo foi calculado para que o prejuízo – se é que vai haver – seja o mínimo possível. Então, eu não tenho dúvida que a obra é necessária, todo o projeto foi construído com muito carinho porque eu também sou um defensor da preservação ambiental, agora, você nunca consegue 100%. 5%, 10%, é contra, alguns por motivos ambientais, outros por motivos comerciais… Aí é óbvio que no jogo democrático muitas vezes o argumento é usado de uma forma e o interesse objetivo é de outra. Mas eu tenho certeza que a ampla maioria da população de Ilhéus, da Bahia inteira, é totalmente favorável à construção da ferrovia e do porto. E eu tenho certeza que a gente fará dentro das normas de sustentabilidade ambiental.

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