Um dos problemas que tem marcado a política brasileira são as relações de interesse econômico que se estabelecem entre os segmentos empreendedores e a classe política, enodoando a mais nobre atividade humana e melhor instrumento de medição de conflitos entre seres humanos, povos e nações; que é a política!
O sistema político-eleitoral brasileiro dá sinais de esgotamento, mesmo com o crescimento da esquerda no parlamento e no Executivo, mas as relações pouco virtuosas de intermediação de interesses econômicos junto aos poderes de estado contaminam as decisões políticas do Executivo, do Legislativo e do Judiciário com a judicialização da política. O voto nominativo- personificado, faz de cada candidato uma eleição, e sublima o personagem/candidato em detrimento das idéias e do projeto político que defenda, além de levá-lo a buscar “estrutura”, para se eleger e preservar o seu mandato.
As eleições são espetáculos midiáticos e torna-se a cada dia, mais importantes que as idéias. Os parlamentos brasileiros são cada vez mais euro- descendentes ricos e, idosos e masculinos, ou seja, não tem a cara e a expressão do nosso povo. Portanto, a Reforma Política é o instrumento para pré-oxigenar a política e abri-la definitivamente para a sociedade brasileira, majoritariamente jovem, mulheres, índios, afrodescendentes, pobres e classe média.
A vacina é o financiamento público das eleições, com a fiscalização dos órgãos de controle (CGU, TCU, MPF) e, logicamente, o orçamento pré-fixado, além do que, existe em todas as democracias modernas: o voto em lista partidário!
*Jonas Paulo é presidente estadual do PT da Bahia | assessoriaptbahia@gmail.com
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