A reforma política em discussão no Congresso Nacional deve positivar a eleição de 2016 com mandato de seis anos para prefeitos e vereadores. A proposta objetiva coincidir o calendário eleitoral das eleições municipais de 2016, com as eleições estaduais e nacionais de 2022. A partir de 2022 as eleições e os mandatos passam a durar cinco anos, com o fim da reeleição para candidatos a cargos eletivos do Poder Executivo.
Nesse contexto, dois prefeitos do Democratas podem conquistar mandatos até 2022, o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo de Carvalho; e o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto (ACM Neto). No caso de Ronaldo, ele pode se tornar o alcaide que comandou o município pelo mais longo tempo histórico, 18 anos. Com relação a Salvador, ACM Neto também pode se tornar um dos prefeitos que comandou o executivo municipal por longo tempo, atingindo 10 anos.
Observa-se que será necessário que ambos conquistem a reeleição em 2016, e terminem os mandatos. Observa-se, também, que no contexto atual, José Ronaldo e ACM Neto não enfrentam oposições com possibilidade de vitória. Os nomes que aparecem no cenário político como opositores não se consolidaram, e não aglutinam lideranças em torno de projetos alternativos de desenvolvimento municipal. Um cenário que pode mudar com a aproximação do processo eletivo de 2016.
Favorecidos
A proposta em tramitação no Congresso Nacional de ampliação do prazo de mandato, unificação do calendário eletivo, fim da reeleição, e limitação do mandato para cinco anos deve catalisar o apoio dos políticos que atualmente ocupam o poder. Não apenas os prefeitos de Feira de Santana e Salvador podem ser beneficiados com a mudança na legislação eleitoral, como, também, todos os que atualmente ocupam cargos eletivos.
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