A Assembleia Legislativa da Bahia recebeu mais uma vez o Movimento Sem Terra (MST), desta vez, para um ato político em lembrança ao massacre de Eldorado dos Carajás, que completou 21 anos. O ato político, promovido pelo deputado Bira Corôa, também pautou a conjuntura política e social do Brasil um ano após o golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff do poder. “Não é uma data de comemoração, mas uma lembrança que nos remete à capacidade de organização do movimento social, uma marca que nos repete ao processo histórico de luta”, pontuou Bira Corôa ao iniciar as falas da mesa. Este ano, o movimento completa 30 anos de existência na Bahia e 33 no Brasil. Ato aconteceu na manhã desta quinta-feira (20/04/2017).
Ao falar sobre a história do movimento, o dirigente nacional, Evanildo Costa, destacou as conquistas, como melhorias na qualidade de vida de milhares de famílias ligadas ao MST, o acesso à educação superior, entre outros. Ressaltou também a intensificação das lutas pós golpe parlamentar e a derrubada de Dilma. “Sempre travamos uma luta desigual contra o estado burguês, que está à serviço de uma elite que preza pela concentração de renda e foca em ações que criminalizada a classe trabalhadora e os movimentos sociais.”
Retrocessos sociais – A Pec do congelamento dos gastos públicos por 20 anos, o projeto que autoriza a terceirização irrestrita e as reformas da Previdência e trabalhista, associadas a uma série de outras medidas implementadas pelo Governo Temer foram classificadas como pautas de retrocesso, redução de direitos e desmonte de conquistas históricas. “É um pacote de maldades que massacra o trabalhador e coloca o país num cenário de ausência de expectativas, de quebra das grandes empresas nacionais para atender ao capital internacional e consolidar os privilégios de uma elite que não representa a totalidade do povo brasileiro”, completou o parlamentar.
Já a secretária Fabya Reis (Sepromi), que tem sua história de vida e de formação política e cidadã ligada ao MST, muito emocionada, fez referência ao ato como uma “revisita ao que os movimentos fazem há século, que é lutar por uma Bahia mais igualitária”. Assemelhou ainda a luta dos que tombaram no Massacre de Eldorado dos Carajás à mesma força e empenho reconhecido s nas histórias de Zumbi dos Palmares, Maria Felipa, Revolta dos Malês, por exemplo.
Mesa – Atividade contou com as presenças do representante do mandato do deputado federal Valmir Assunção, Gabriel Oliveira; da militante do Partido dos Trabalhadores, Dani Ferreira; do suplente de deputado Jacó e de Fernanda Silva, representando a SDR.