Eleições 2018: Le Monde traz perfil de Jair Bolsonaro, o “Trump tropical, homofóbico e machista”

Jair Messias Bolsonaro é um militar da reserva, eleito pelo Partido Progressista (PP) e pré-candidato à presidente da República pelo PSL.
Jair Messias Bolsonaro é um militar da reserva, eleito pelo Partido Progressista (PP) e pré-candidato à presidente da República pelo PSL.
Jair Messias Bolsonaro é um militar da reserva, eleito pelo Partido Progressista (PP) e pré-candidato à presidente da República pelo PSL.
Jair Messias Bolsonaro é um militar da reserva, eleito pelo Partido Progressista (PP) e pré-candidato à presidente da República pelo PSL.

O jornal francês Le Monde que chegou às bancas na tarde desta segunda-feira (09/04/2018) traz um perfil do pré-candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro. O vespertino explica que o deputado quer aproveitar a prisão de Lula para avançar na campanha eleitoral.

Em reportagem de meia página a correspondente do jornal no Brasil conta como Bolsonaro celebrou a detenção de Luiz Inácio Lula da Silva. “Não se trata de uma derrota de Lula, e sim de uma vitória da Justiça”, festejou o deputado, citado o vespertino.

O jornal, que fala de Bolsonaro como a “Marine Le Pen do Brasil”, em alusão à líder da extrema-direita francesa, diz que o militar já se vê como favorito na corrida presidencial. Afinal, explica Le Monde, “segundo uma pesquisa de intenção de voto divulgada após a condenação de Lula, Bolsonaro reunia 18% dos votos, atrás do petista. E na hipótese do ex-presidente ficar fora do páreo, ele passaria para o primeiro lugar”.

Segundo o jornal francês, Bolsonaro quer aproveitar da descrença atual da população na classe política. “Os escândalos de corrupção envolvendo o PT, o mensalão em 2005 e a operação Lava Jato em 2014, permitiram ao parlamentar atrair para si, progressivamente, os eleitores exasperados”, analisa o jornal. “Principalmente a burguesia e os jovens que defendem o ultraliberalismo econômico e o rigor moral”, continua.

O texto traça um perfil do deputado, apresentado como um “machista” e “homofóbico”, “favorável à pena de morte e ao porte de armas”. A reportagem explica como ele se tornou conhecido por suas declarações polêmicas e por sua estratégia oportunista. Le Monde relembra a homenagem que Bolsonaro fez ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, no dia do voto do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, conta que ele se tornou evangélico – e filmou o ritual de batismo –, em um momento em que essas igrejas estão em pleno crescimento, ou ainda como abandonou suas posições de tendência militar e nacionalista para adotar um tom bem mais liberal. “Trump tropical, ele se tornou aceitável para os meios financeiros”, analisa a reportagem.

Essa capacidade de atrair diferentes eleitores é ressaltada pelo texto. Ouvido pelo jornal francês, o cientista político Rudá Ricci resume: “Bolsonaro seduz os agricultores do Sul, os jovens de São Paulo, e os membros das gangues do Rio de Janeiro, com uma extrema-direita que não é estruturada, mas que tem chances reais de ser eleita”.

*Com informações da RFI.

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