Eleições 2018: Jair Bolsonaro é conhecido por frases agressivas, vulgares, racistas, misóginas e homofóbicas, diz Le Monde

Reportagem de capa da Revista Veja aborda, criticamente, aspectos da vida de Jair Messias Bolsonaro. Candidato à presidência da República de extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL/RJ) é um político identificado por setores da mídia com as ideias do nazismo, fascismo, antissemitismo, misoginia, segregacionismo contra negros e grupos minoritários, que professa discurso do ódio, vinculado a prática da violência física como forma de obter a redução do conflito social.
Reportagem de capa da Revista Veja aborda, criticamente, aspectos da vida de Jair Messias Bolsonaro. Candidato à presidência da República de extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL/RJ) é um político identificado por setores da mídia com as ideias do nazismo, fascismo, antissemitismo, misoginia, segregacionismo contra negros e grupos minoritários, que professa discurso do ódio, vinculado a prática da violência física como forma de obter a redução do conflito social.
Reportagem de capa da Revista Veja aborda, criticamente, aspectos da vida de Jair Messias Bolsonaro. Candidato à presidência da República de extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL/RJ) é um político identificado por setores da mídia com as ideias do nazismo, fascismo, antissemitismo, misoginia, segregacionismo contra negros e grupos minoritários, que professa discurso do ódio, vinculado a prática da violência física como forma de obter a redução do conflito social.
Reportagem de capa da Revista Veja aborda, criticamente, aspectos da vida de Jair Messias Bolsonaro. Candidato à presidência da República de extrema-direita, Jair Bolsonaro (PSL/RJ) é um político identificado por setores da mídia com as ideias do nazismo, fascismo, antissemitismo, misoginia, segregacionismo contra negros e grupos minoritários, que professa discurso do ódio, vinculado a prática da violência física como forma de obter a redução do conflito social.

“Brasil, a extrema-direita às portas do poder” é a manchete do vespertino francês Le Monde desta sexta-feira (05/10/2018), que traz uma matéria de três páginas sobre Bolsonaro. “O candidato, conhecido por suas tiradas racistas e homofóbicas, ganha espaço graças à exasperação da população face à violência e à corrução”, diz o jornal.

A correspondente do Le Monde em São Paulo, Claire Gatinois, traça um perfil do candidato do PSL em que o classifica como um nostálgico da ditadura militar e diz que ele encarna o descontentamento de um país esgotado pelos escândalos de corrupção e pela crise econômica.

Ao citar a homenagem que o candidato, então deputado federal, fez ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um torturador da ditadura militar de 1964-85, na sessão que votou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, o perfil escrito por Gatinois o descreve como “um homem ávido por notoriedade e por polêmicas, zombado por ser inculto e conhecido por suas frases agressivas, vulgares, racistas, misóginas e homofóbicas”.

Em seguida, a jornalista cita algumas das falas mais célebres de Bolsonaro, como “O erro da ditadura foi torturar e não matar” ou “Eu não te estupro porque você não merece”, dirigida à colega deputada Maria do Rosário (PT), entre outras.

Sobre os apoiadores de Bolsonaro, o texto cita os evangélicos, as forças de ordem (“às quais ele promete a anistia de seus crimes”) e diz que o candidato é a “coqueluche dos fazendeiros, a quem ele promete liberar o porte de armas e autorizar o uso indiscriminado de pesticidas”.

Mercado financeiro

Segundo o jornal, o discurso ultraliberal em matéria de economia de seu conselheiro Paulo Guedes seduz tanto os influentes das igrejas evangélicas quando o mercado financeiro.

Paulo Guedes é apresentado como “um economista ultraliberal, um ‘Chicago Boy’ anti-Estado e adepto das privatizações em larga escala, o que permitiu aos militares, antes nacionalistas, conseguirem a adesão dos mercados”.

Em outra página do mesmo jornal, o repórter Nicolas Bourcier, enviado especial ao Rio de Janeiro, entrevista evangélicos neopentecostais da favela Varginha, que recebeu a visita do Papa Francisco em 2013, mas que tem maioria de evangélicos (são 55% no Estado do Rio). Ele entrevista Irene Silva, que diz ter votado em Lula em 2002 e 2006, mas agora vai votar em Bolsonaro “porque o pastor indicou”.

A matéria cita o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Rede Record, a segunda emissora do país, como pertencente à franja mais conservadora da direita brasileira e apoiador de Bolsonaro.

“Unidade evangélica”

Atribui-se a ida às preces de domingo o recente aumento da rejeição de Fernando Haddad (PT), que subiu dez pontos percentuais, e o aumento das intenções de voto em Bolsonaro, diz o jornal. O candidato de extrema-direita também recebeu o apoio do pastor Silas Malafaia, chefe espiritual da Assembleia de Deus, a igreja de Irene.

O deputado articulou a sua candidatura à presidência como sendo “o candidato da unidade evangélica” e vem colhendo os frutos, com a influência de pastores em todo o Brasil sobre os seus fiéis e a recomendação estrita no voto ao candidato do PSL.

Segundo o jornal francês, os evangélicos representam 1/3 da população brasileira e 48% deles dizem apoiar Bolsonaro contra 18% de apoio a Haddad.

“Os erros da esquerda e do PT foram muitos. Falar da família para a esquerda é visto como conservador, deixando o tema para a direita. É verdade que o PT fez políticas sociais, mas o partido se distanciou culturalmente dos pobres”, declarou ao jornal francês o pastor evangélico Henrique Vieira, ex-vereador de esquerda.

“O executivo virou o alvo dos grupos evangélicos, que antes tinham como estratégia ocupar as câmaras de deputados estaduais e federais”, explica ao Le Monde o professor, teólogo e pastor carioca Valdemir Figueiredo.

*Por Paloma Varón, da RFI.

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Sobre Carlos Augusto, diretor do Jornal Grande Bahia 10936 artigos
Carlos Augusto é Mestre em Ciências Sociais, na área de concentração da cultura, desigualdades e desenvolvimento, através do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Faculdade de Ensino Superior da Cidade de Feira de Santana (FAESF/UNEF) e Ex-aluno Especial do Programa de Doutorado em Sociologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atua como jornalista e cientista social, é filiado à Federação Internacional de Jornalistas (FIJ, Reg. Nº 14.405), Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ, Reg. Nº 4.518) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI Bahia), dirige e edita o Jornal Grande Bahia (JGB), além de atuar como venerável mestre da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Maçônica ∴ Cavaleiros de York.