Feira de Santana: Especial dia Da Mulher; Motogirl ganha a vida com dignidade sobre uma motocicleta

Antes, apenas trabalhava como motogirl quando estava desempregada. Depois resolvi que não mais procuraria emprego formal. A moto é minha e, quando estava empregada, a alugava.
Antes, apenas trabalhava como motogirl quando estava desempregada. Depois resolvi que não mais procuraria emprego formal. A moto é minha e, quando estava empregada, a alugava.
Antes, apenas trabalhava como motogirl quando estava desempregada. Depois resolvi que não mais procuraria emprego formal. A moto é minha e, quando estava empregada, a alugava.
Antes, apenas trabalhava como motogirl quando estava desempregada. Depois resolvi que não mais procuraria emprego formal. A moto é minha e, quando estava empregada, a alugava.

Todos os dias, Elza Pereira Gonçalves, para vencer na vida, enfrenta o trânsito ao pilotar a sua motocicleta modelo GC 160 cilindradas levando passageiros para os bairros e trazendo de lá para o centro. É uma das poucas mulheres com vaga no Sistema de Transporte Individual Alternativo Complementar (STIAC) de Feira de Santana.  “Tem que ter muita coragem para ser motogirl. A gente enfrenta muitos problemas”.

Não era tida como uma atividade para pessoas do sexo em feminino. Mas algumas necessidades obrigaram algumas mulheres a cruzar a cidade participando deste modal. E a cada dia elas se destacam um pouco mais, seja pela dedicação, coragem e determinação pela ocupação deste espaço. Mostram que cada vez mais exclusividade está dando espaço para o compartilhamento.

Todos os dias, chega no ponto de motoboy, em frente da Igreja Senhor dos Passos, por volta de 8h e retorna à sua casa, no Ponto Central, até as 18h. “Não trabalho à noite”. Alega questões de segurança para o recolhimento do seu veículo. É quando começa mais um turno de trabalho para encerrar a jornada do dia. “Aproveito para fazer os serviços doméstico e o almoço para o dia seguinte”. É mãe de dois filhos adultos.

Habilitada há cerca de 18 anos, Elza Pereira disse que há pouco mais de três anos está na atividade. “Antes, apenas trabalhava como motogirl quando estava desempregada. Depois resolvi que não mais procuraria emprego formal. A moto é minha e, quando estava empregada, a alugava”. Revelou que foi bem recebida pelos colegas. “Já trabalhei em vários pontos e sempre fiz amizades com todos”.

Costuma desenvolver baixa velocidade. “Andar de moto requer cuidado redobrado, principalmente quando está desenvolvendo uma atividade remunerada”. Diz que o perigo aumenta consideravelmente nos dias chuvosos, quando a pavimentação fica escorregadia. “Ando devagar, sem muita pressa”. Afirma que rodar de motogirl é a maneira que encontrou para ganhar a vida com dignidade.

Revelou que não enfrenta problemas com assédio, por parte dos homens. “Sempre sou muito bem respeitada por todos os passageiros”. Mas sente que poucas mulheres a evitam. “Pensam que sou lésbica”. Na jornada diária já enfrentou problemas de segurança. “As pessoas dizem que vai para um lugar e passam por outros”. É aí onde mora o perigo.

Revela que uma vez foi assaltada – na região do Bairro São João, e que já tomou tombo – mas, disse, sem gravidade. Andar com um desconhecido na garupa da moto virou rotina na sua vida profissional e o medo relacionado à atividade está sendo dominado. Mas recomenda que exageros não sejam cometidos por parte dos condutores. “Enquanto der, vou continuar rodando”.

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