Salvador: Hospital Aristides Maltez adota novas tecnologias em uro-oncologia

Fachada do Hospital Aristides Maltez. Unidade de saúde fica sediada em Salvador.
Fachada do Hospital Aristides Maltez. Unidade de saúde fica sediada em Salvador.
Fachada do Hospital Aristides Maltez. Unidade de saúde fica sediada em Salvador.
Fachada do Hospital Aristides Maltez. Unidade de saúde fica sediada em Salvador.

Uma das metas do Hospital Aristides Maltez é se tornar uma referência de educação continuada na área de uro-oncologia. Por isso, desde 2015, a instituição firma parcerias, agrega novas tecnologias e oferece cursos de aperfeiçoamento relacionados à especialidade. O mais recente, focado na “Correção da Incontinência Urinária Masculina”, viabilizou o lançamento na Bahia, na manhã desta quarta-feira (20/03/2019), de uma nova prótese para tratamento do problema que atinge parte dos pacientes com câncer de próstata submetidos a cirurgias. Hoje a tarde, uma outra tecnologia nova, desta vez para aprimorar o diagnóstico do câncer de próstata, foi apresentada na Clínica Delfim, no Itaigara, em Salvador. Com o novo software, a biópsia para investigação do tumor deixa de ser feita de modo aleatório e passa a utilizar uma fusão de imagens geradas por ultrassom e ressonância. A redução dos riscos do exame e a ampliação da assertividade diagnóstica destacam-se como vantagens do método.

Localizado no bairro de Brotas, em Salvador, o Hospital Aristides Maltez, que já é referência no tratamento de câncer, realiza de 550 a 700 cirurgias oncológicas de próstata por ano (abertas ou laparoscópicas). A incontinência urinária após essas cirurgias atinge de 5 a 15% dos casos em todo o Brasil.  Dados específicos da instituição revelam que entre 10 e 12% dos pacientes submetidos à cirurgia da próstata apresentam o problema, que representa prejuízos na qualidade de vida, com impactos na vida social, sexual e financeira dos pacientes, além de gerar implicações psicológicas. “Usar fraldas, especialmente para os mais jovens, ainda ativos laboralmente, gera impactos negativos. Todo esforço para corrigirmos a incontinência é válido”, explica o urologista Augusto Modesto.

Segundo o médico, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia seção Bahia (SBU-BA), o tratamento da incontinência urinária leve pós-cirúrgica é feito através de medicações e exercícios fisioterápicos no período de seis meses a um ano. Entretanto, quando o paciente apresenta o problema em grau moderado ou grave, em muitos casos é preciso lançar mão de tratamentos cirúrgicos, entre os quais se destaca a implantação de próteses. Essas pequenas telas que suspendem a uretra criam uma espécie de “nova válvula” responsável por conter a incontinência. “A cirurgia para implantação da prótese lançada no Hospital Aristides Maltez, conhecida como Sling Masculino AdVance XP, é relativamente rápida (dura de 15 a 30 minutos) e é realizada a partir de duas pequenas incisões na virilha do paciente, que recebe uma sonda por 24 horas e no dia seguinte, se tudo correr bem, recebe alta e passa a ser acompanhado ambulatorialmente”, detalha.

Além de realizar cursos que fazem parte de um projeto macro de educação continuada, o setor de uro-oncologia do Hospital Aristides Maltez tem realizado outras ações que visam melhorar o atendimento e a qualidade de vida dos pacientes acometidos pelo câncer de próstata. Nesse sentido, a instituição habilitou um Programa de Complementação Especializada (Fellow) para médicos residentes em urologia (não-remunerado) e estabeleceu parcerias com faculdades privadas, que fornecem estudantes do quarto ao sexto ano de medicina para o internato obrigatório supervisionado.

Nova biópsia –  Além de facilitar o diagnóstico, o dispositivo tecnológico que aprimora as biópsias apresentado na tarde desta quarta-feira (20) na Clínica Delfin reduz os riscos da biópsia convencional, tais como retenções de urina, sangramentos e infecções. Até então, o exame retirava aleatoriamente 12 fragmentos da próstata com uma agulha especial sob anestesia para serem avaliados por um médico patologista que não só confirma a doença como também explica em que grau ela se encontra.

O detalhamento da ressonância multiparamétrica da próstata utilizada nos últimos anos já facilitava o mapeamento de lesões mais agressivas. Mas, com a chegada da tecnologia que permite a fusão das imagens da ressonância com as do ultrassom, ficou ainda mais fácil identificar as regiões da glândula mais afetadas pelo tumor. “Com a implantação do novo software no aparelho de ressonância, o exame tornou-se dinâmico, teleguiado e mais específico. Com ele, é possível encontrar em tempo real um nódulo suspeito, permitindo que a punção seja feita exatamente na parte da próstata que precisa ser investigada. Com menos fragmentos, temos uma maior assertividade no diagnóstico e menos morbidades para os pacientes”, resumiu Augusto Modesto.

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