Falta garra à esquerda brasileira | Por Alberto Peixoto

Generais presidentes da República que governaram durante o Golpe Civil-Militar de 1964 deixaram legado de profunda desigualdade socia, elevada taxa de analfabetismo, segregação social e concentração de renda.
Generais presidentes da República que governaram durante o Golpe Civil-Militar de 1964 deixaram legado de profunda desigualdade socia, elevada taxa de analfabetismo, segregação social e concentração de renda.
Generais presidentes da República que governaram durante o Golpe Civil-Militar de 1964 deixaram legado de profunda desigualdade socia, elevada taxa de analfabetismo, segregação social e concentração de renda.
Generais presidentes da República que governaram durante o Golpe Civil-Militar de 1964 deixaram legado de profunda desigualdade socia, elevada taxa de analfabetismo, segregação social e concentração de renda.

Nos idos de 1964 durante o golpe militar, os militantes da esquerda brasileira composta por estudantes, principalmente por universitários, sindicalistas, jornalistas, trabalhadores e diversos segmentos da sociedade ativa, antagônica ao golpe, foram às ruas reivindicar os seus direitos brutalmente sequestrados pelos militares.

Enfrentaram na “mão grande”, policiais militares e até mesmo o exército, fortemente armado, que colocou tanques de guerra nas ruas das grandes capitais. O perigo para estes militantes era iminente, mas mesmo assim, ninguém fugia da “raia”.

Muitos destes jovens morreram ou foram notificados como desaparecidos. Na realidade foram torturados até a morte pela turma do general Ustra, o grande herói do presidente patético Bolsonaro. Foram na verdade executados sumariamente, sobretudo após a instauração do AI 5 – “Ato Institucional nº 5, baixado em 13 de dezembro de 1968 durante o governo do general Costa e Silva, foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira (1964-1985). Vigorou até dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros.”

Também participaram destas lutas contra a ditadura militar várias organizações e as que mais se destacaram foram: Ação Libertadora Nacional (ALN), Comando de libertação Nacional (COLINA), Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

Estas organizações que lutavam pelos direitos do povo e do trabalhador foram classificadas pelos generais e coronéis da ditadura e pelo PIG da época, – claro que a Rede Globo estava envolvida. Inclusive no livro o 4º Poder, de Paulo Henrique Amorim, esta rede de informação foi montada e presenteada a Roberto Marinho pelo governo militar com o dinheiro do povo – como organizações terroristas, mas na verdade eram apenas pessoas que queriam o retorno da democracia no Brasil, tantas vezes aviltada.

Na contemporaneidade a militância perdeu o brilho de épocas remotas. Perdeu a garra, a fibra que lhe era peculiar. Os atuais estudantes, trabalhadores e sindicalistas, parecem que viraram patrões ou agem como se estivessem hipnotizados. A tudo veem e não tomam medidas mais incisivas. Como se estivessem intimidados por algo que não se encontra a explicação.

O Brasil que era conhecido como a terra das bananas, passou a ser conhecido como “a terra dos bananas”… e do pó!

Estão perdendo seus direitos trabalhistas – aposentadoria, 13º salário, o desemprego a cada dia aumentando, etc – e procedem como se nada disso estivesse acontecendo. A educação sendo supersucateada por um ministro tosco; Moro e Dallagnol desmoralizados e Lula, que na realidade é a vítima, preso; o sargento da Aeronáutica, Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, militar, transportou 39 quilos de cocaína no avião presidencial, etc. Há algo de estranho no ar!

*Alberto Peixoto, escritor.

Banner da Prefeitura de Santo Estêvão: Campanha do São João 2024.
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Sobre Alberto Peixoto 478 artigos
Antonio Alberto de Oliveira Peixoto, nasceu em Feira de Santana, em 3 de setembro de 1950, é Bacharel em Administração de Empresas pela UNIFACS, e funcionário público lotado na Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, atua como articulista do Jornal Grande Bahia, escrevendo semanalmente, é escritor e tem entre as obras publicadas os livros de contos: 'Estórias que Deus Dúvida', 'O Enterro da Sogra, 'Único Espermatozóide', 'Dasdores a Difícil Vida Fácil', participou da coletânea 'Bahia de Todos em Contos', Vol. III, através da editora Òmnira. Também atua como incentivador da cultura nordestina, sendo conselheiro da Fundação Òmnira de Assistência Cultural e Comunitária, realizando atividades em favor de comunidades carentes de Salvador, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus. É Membro da Academia de Letras do Recôncavo (ALER), ocupando a cadeira de número 26. E-mail para contato: reyapeixoto@yahoo.com.br.