Sueca Intrum amplia aposta em recuperação de crédito no Brasil e prevê ser top 3

Com mais de 100 anos de história, a Intrum tornou-se a principal empresa mundial da indústria da gestão e recuperação de créditos em 2017, após a fusão da Lindorff com a Intrum Justitia. Actualmente, a Intrum faz negócios em 24 países em toda a Europa re conta com mais de 8 mil colaboradores.
Com mais de 100 anos de história, a Intrum tornou-se a principal empresa mundial da indústria da gestão e recuperação de créditos em 2017, após a fusão da Lindorff com a Intrum Justitia. Actualmente, a Intrum faz negócios em 24 países em toda a Europa re conta com mais de 8 mil colaboradores.

A empresa sueca de recuperação de crédito Intrum elegeu o Brasil como um dos seus motores globais de expansão, prevendo um boom no setor a partir de 2021, uma vez que instituições financeiras comecem a limpar suas carteiras afetadas pelos efeitos da pandemia da Covid-19.

Para o presidente da companhia no Brasil, Ulisses Rodrigues, quando terminarem os programas emergenciais do governo e os períodos de carência oferecidos pelos bancos no pagamento de prestações de financiamentos, a deterioração dos empréstimos ficará mais visível, o que deve levar naturalmente a um esforço para redução dos chamados créditos podres.

“Em muitos casos, a preferência dos credores já em 2021 vai ser vender algumas carteiras do que tentar recuperá-las”, disse ele à Reuters.

Os comentários mostram como o mercado de ativos estressados pode ganhar tração no país em pouco tempo após os cinco maiores bancos no Brasil terem elevado as provisões para perdas esperadas com calotes em mais de 30 bilhões de reais apenas no segundo trimestre para fazer frente a uma aguda piora nos índices de inadimplência.

Analistas do setor financeiro avaliam que esse montante pode superar 100 bilhões de reais, considerando o ciclo todo de piora na capacidade de pagamento dos devedores devido à pandemia.

“E assim como em outros países, a pressão sobre os bancos para venderem carteiras aumentará aqui com o juro mais baixo”, disse Rodrigues, ex-executivo do Goldman Sachs e veterano da indústria de recuperação de crédito nos Estados Unidos.

É com base nesse cenário que a Intrum, com sede em Estocolmo, prevê fazer do Brasil, aonde chegou há pouco mais de um ano, um de seus cinco principais mercados, mesmo já tendo presença em 25 países na Europa.

Embora não cite metas específicas de montante, o plano de ser uma das 3 maiores do país até 2024 dá uma ideia da velocidade com a qual a Intrum, hoje com uma carteira de cerca de 2 bilhões de reais em valor de face, pretende se expandir.

“Precisa crescer 10 vezes para nos tornarmos relevantes”, disse Rodrigues, que hoje lidera uma equipe de 34 pessoas e que deve dobrar até o fim de 2020.

De acordo com o executivo, a expansão do mercado doméstico de capitais tende a contribuir para a formação de um mercado secundário de ativos estressados, à medida que um leque maior de classes de investidores, incluindo family offices e gestoras de recursos, procuram papéis que ofereçam rentabilidades superiores à da taxa básica, hoje no piso histórico de 2% ao ano.

Segundo Rodrigues, o mercado de recuperação de operações de empréstimos sem garantia, como de cartão de crédito, no qual a Intrum é especializada, tem expectativa de retorno da ordem de 15% a 18% ao ano.

*Com informações de Aluisio Alves, da Agência Reuters.

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