Presidente Jair Bolsonaro demite ministro do Turismo

Presidente da Embratur, Gilson Machado Neto e o presidente Jair Bolsonaro.
Presidente da Embratur, Gilson Machado Neto e o presidente Jair Bolsonaro.

O presidente Jair Bolsonaro demitiu nesta quarta-feira (09/12/2020), o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Conforme reportagem do Estadão, o cargo dele era um dos que deveriam entrar na reforma ministerial inicialmente prevista para fevereiro de 2021. O presidente da Embratur, Gilson Machado, assumirá o cargo de forma temporária. Esta é a 15ª troca de ministros feita por Bolsonaro desde o início do mandato.

Segundo o Estadão apurou com integrantes do Palácio do Planalto, a queda de Álvaro Antônio foi atribuída ao ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Os dois vinham divergindo internamente porque o ministério passou a ser citado como moeda de troca por apoio no Congresso. O Palácio do Planalto tenta eleger o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), um dos principais líderes do Centrão, na presidência da Câmara.

Com a demissão, Álvaro Antônio deve reassumir seu mandato de deputado federal por Minas Gerais. Ele é filiado ao PSL e é investigado pelo Ministério Público sob suspeita de desviar recursos de campanha por meio de candidaturas de mulheres nas eleições de 2018. O caso, porém, não tem qualquer relação com a demissão.

Álvaro Antônio foi recebido na tarde desta quarta-feira por Bolsonaro. Há a previsão de que Gilson Machado também se reúna com o presidente ainda nesta quarta.

Na noite anterior, os dois estiveram no lançamento do Instituto Conservador-Liberal do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente. Na ocasião, Álvaro Antônio lembrou que foi um dos primeiros a embarcar na candidatura de Jair Bolsonaro.

A reforma ministerial de Bolsonaro

Além da troca no Turismo, mais mudanças devem ocorrer em breve. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, deixa o governo no final do ano para assumir uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU). Também é aguardada a substituição de Onyx Lorenzoni no Ministério da Cidadania.

Como mostrou o Estadão, o atual ministro da Secretaria de Governo pode mudar de sala e passou a ser cotado para substituir Oliveira na Secretaria-Geral. Defensores dessas mudanças argumentam que o general, responsável pela articulação política e amigo do presidente há mais de 30 anos, está desgastado com outros integrantes do governo e também pela própria natureza da função que exerce. Entregar a ele uma pasta com menos exposição, mas mantendo o status de “ministro palaciano” é visto como uma saída de prestígio.

As mudanças estavam previstas para ocorrer em fevereiro, mas a briga entre Álvaro Antonio e o Ramos abreviou o processo. Oliveira também tem insistido que Bolsonaro anuncie seu substituto até o fim do ano. Inicialmente, foi cogitada a hipótese do secretário-executivo da Secretaria-Geral, Antônio Carlos Futuro, assumir interinamente o posto até uma definição do presidente. Agora, a expectativa é que o anúncio de Bolsonaro ocorra até o Natal.

Trocas de ministérios no governo Bolsonaro

Fevereiro/2019: Secretaria-Geral da Presidência – Gustavo Bebianno é substituído por Floriano Peixoto

Abril/2019: Ministério da Educação –  Ricardo Vélez por Abraham Weintraub

Junho/2019: Secretaria de Governo – Carlos Alberto dos Santos Cruz por Luiz Eduardo Ramos

Junho/2019: Secretaria-Geral da Presidência – Floriano Peixoto por Jorge Oliveira

Junho/2020: Ministério do Desenvolvimento Regional – Gustavo Canuto por Rogério Marinho

Fevereiro/2020: Casa Civil– Onyx  Lorenzoni por Walter Braga Netto e o Ministério da Cidadania – Osmar Terra por Onyx Lorenzoni

Abril/2020: Ministério da Saúde – Luiz Henrique Mandetta por Nelson Teich; Ministério da Justiça – Sergio Moro por André Mendonça e a Advocacia-Geral da União – André Mendonça por José Levi

Maio/2020: Ministério da   Saúde – Nelson Teich por Eduardo Pazuello; Ministério das  Comunicações –  Fábio Faria assume após desmembramento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações

Junho/2020: Ministério da   Educação – Abraham Weintraub  por  Carlos Alberto Decotelli e Ministério da Educação –  Carlos Alberto Decotelli por Milton Ribeiro

*Com informações do Jornal O Estado de São Paulo (Estadão).

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