Jurivaldo Alves preserva exemplares raros da literatura de cordel e vende publicações no Mercado de Arte de Feira de Santana; Atividade mantém ativa manifestação da cultura nordestina

No Mercado de Arte Municipal de Feira de Santana, Jurivaldo Alves preserva exemplares raros da literatura de cordel e vende publicações, algumas autorais.
No Mercado de Arte Municipal de Feira de Santana, Jurivaldo Alves preserva exemplares raros da literatura de cordel e vende publicações, algumas autorais.

Em duas bancas e um espaço fixo instalados no Mercado de Arte Popular de Feira de Santana (MAP), o folheteiro e cordelista Jurivaldo Alves da Silva, 74 anos, comercializa e expõe parte do seu acervo literário – ele possui cerca de cinco mil exemplares.

Na segunda-feira (07/06/2021) foi comemorado o Dia Municipal da Literatura de Cordel, Jurivaldo lembra que tudo começou ainda na infância, como folheteiro.

“Recebi o incentivo de Antônio Alves que, se estivesse vivo, estaria completando 92 anos”, diz. Jurivaldo, natural de Baixa Grande, comprava cordéis e, por ser analfabeto ainda na adolescência, pedia a alguém para ler e decorava as histórias para declamá-las.

“Por coincidência ou força do destino cheguei a Feira de Santana e fui me hospedar na Pensão Jacobina, onde, para minha felicidade, estava também hospedado o saudoso Antônio Alves. Foi daí que recebi o incentivo dele”, relembra Jurivaldo Alves sobre sua primeira publicação “Lampião entre o amor o cangaço”.

Além de romances, folhetos e cordéis que Jurivaldo coloca à venda, há aqueles que não são comercializados de forma alguma.

“São cordéis raríssimos, que não vendo e não troco por nada”. Nessa coleção ele reúne histórias de autores reconhecidos na literatura, como a obra “A Donzela Teodora”, de Leandro Gomes de Barros, primeiro escritor brasileiro de cordel. “Ele é considerado o patrono do cordel”, ressalta.

O cordelista e folheteiro afirma que seu espaço está de portas abertas para outros escritores, como Bule Bule, Zadir Marques Portos, Franklin Machado, entre tantos outros.

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Dentre as publicações disponibilizadas por Jurivaldo Alves, alguns exemplares de cordel contam a história da região e da cidade de Feira de Santana, a exemplo da publicação de autoria de Antonio Alves da Silva, com título 'A feira livre da Princesa do Sertão'.
Dentre as publicações disponibilizadas por Jurivaldo Alves, alguns exemplares de cordel contam a história da região e da cidade de Feira de Santana, a exemplo da publicação de autoria de Antonio Alves da Silva, com título ‘A feira livre da Princesa do Sertão’.
Patrimônio cultural do povo nordestino, a literatura de cordel é comemorada em Feira de Santana através do ‘Dia Municipal da Literatura de Cordel’.
Patrimônio cultural do povo nordestino, a literatura de cordel é comemorada em Feira de Santana através do ‘Dia Municipal da Literatura de Cordel’.
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