Glasgow concentra esperança sobre temas centrais da ação climática; COP26 reúne líderes globais pelo clima e meio ambiente

Abertura da COP26 em Glasgow, Escócia. Período de intensas negociações diplomáticas na COP26 envolve quase 200 países.
Abertura da COP26 em Glasgow, Escócia. Período de intensas negociações diplomáticas na COP26 envolve quase 200 países.

Glasgow continua acolhendo líderes mundiais a caminho da cúpula de alto nível sobre os esforços globais para lidar com a mudança climática e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, saiu do encontro de chefes de Estado e de governo das 20 maiores economias do mundo, G20, em Roma, para se juntar representantes globais na reunião das próximas duas semanas na maior cidade escocesa.

Compromisso

O líder das Nações Unidas disse ter elogiado o novo compromisso do grupo com soluções globais e que mesmo com esperanças não realizadas em relação ao clima, “pelo menos, elas ainda não estavam enterradas”.

Guterres participou da sessão sobre o Desenvolvimento Sustentável, onde ressaltou que o desenvolvimento econômico atual tem como fundamento as “profundas e crescentes desigualdades, deixando bilhões de pessoas para trás”.

Por essa razão, o secretário-geral aponta que um desenvolvimento inclusivo e sustentável é essencial para superar as emergências que o planeta enfrenta do clima, da biodiversidade e da poluição, e garantir sociedades estáveis para o futuro.

Em Glasgow, o presidente  da Assembleia Geral da ONU, Abdulla Shahid, discursou horas após a abertura formal da 26ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática, COP26. Ele ressaltou que o mundo está perante uma crise existencial.

Tecnologias renováveis

No entanto, Shahid disse haver tanto capacidade como recursos para fazer face à tensão relacionada ao, destacando que “simplesmente não se tem feito o suficiente”.

No evento, Abdulla Sahid disse ter prometido aos Estados-membros da Assembleia Geral que levaria suas mensagens, priorizando que tecnologias renováveis estão agora entre as mais baratas do planeta e contam com um forte apoio público.

Em segundo plano, ele afirmou que quase US$ 100 trilhões foram anunciados para ajudar na neutralização do carbono pelo setor privado. A questão é que não há clareza sobre como tais valores serão utilizados, priorizados ou medidos. Para ele, é indispensável que os apoios sejam tão eficientes e impactantes quanto possível.

Em terceiro lugar, Sahid pediu foco na adaptação, especialmente para os países vulneráveis com a garantia de uma divisão do financiamento pela metade para a adaptação e mitigação.

Por último, o presidente da Assembleia Geral destacou que os empregos ecológicos são o futuro, e que asseguram a prosperidade econômica e sustentabilidade ambiental.

Mudança do Clima

No evento de abertura da COP26, a secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, Patrícia Espinosa, disse que a humanidade enfrenta escolhas rígidas.

A poluição do ar pelas usinas de energia contribui para o aquecimento global.

Para ela, o mundo tem duas opções: ou reconhecer que uma lógica de continuidade não vale o preço arrasador que se paga, e avançar para a transição rumo a um futuro mais sustentável, ou aceitar que tem investido na sua extinção.

Já o presidente do evento, Alok Sharma, disse acreditar que a COP26 ajude na solução de temas pendentes e que as negociações levem a uma década de ambição e ação. Mas alertou que a “luz vermelha está piscando” para a questão do clima.

Sharma disse crer que o sistema internacional tenha sucesso nas negociações necessárias para atingir seu objetivo, abrindo o período de intensas negociações diplomáticas que envolverão quase 200 países.

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